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Brasil passa de meio milhão de mortes COVID-19, especialistas alertam para piora

SÃO PAULO, 19 de junho (Reuters) – O número de mortos do COVID-19 no Brasil chegou a 500.000 no sábado, quando especialistas alertaram que a recusa do governo em vacinar e medidas socialmente remotas poderiam piorar o segundo pior surto do mundo.

Apenas 11% dos brasileiros foram vacinados, e os epidemiologistas alertam que, à medida que o inverno se aproxima no hemisfério sul e novas variantes do vírus corona estão circulando, as mortes continuam aumentando, apesar da evaporação das vacinas.

O Brasil registrou 500.800 mortes de 17.883.750 casos confirmados de COVID-19, o pior número oficial de mortes fora dos Estados Unidos, de acordo com o Ministério da Saúde no sábado. Na semana passada, o Brasil teve uma média de 2.000 mortes por dia.

COVID-19 continua a devastar países em toda a região, com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) relatando 1,1 milhão de novos COVID-19 e 31.000 mortes nos Estados Unidos na semana passada. A OPAS observou melhorias em seis estados mexicanos, Belize, Guatemala, Panamá e alguns lugares do Caribe. consulte Mais informação

A OPAS alertou que a condição do COVID-19 da Colômbia ainda estava se deteriorando, com leitos de unidades de terapia intensiva sendo preenchidos nas principais cidades.

Os especialistas já veem o maior número de brasileiros na América Latina.

“Acho que vamos chegar a 700 mil ou 800 mil mortes antes de ver os efeitos da vacina”, disse Gonzalo Vesina, ex-chefe da agência reguladora de saúde brasileira Anvisa, que previu que haveria um período de aceleração das mortes.

“Estamos gostando da chegada dessas novas variedades e a variação indiana nos colocará em um círculo.”

Vesina criticou o presidente de extrema direita Jair Bolzano por lidar com a epidemia, na qual ele procurou amenizar seu ceticismo sobre a falta de uma resposta nacional integrada e a necessidade de vacinas, fechaduras e máscaras.

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Milhares de brasileiros protestaram contra a gestão da epidemia de Bolsanaro em protestos nacionais no sábado, culpando o governo pelo alto número de mortos e pedindo a demissão do presidente. consulte Mais informação

Os atrasos no programa de vacinação no país mais populoso da América Latina não farão sentir todo o seu impacto até ou depois de setembro, disse Rafael Guimars, pesquisador do centro biomédico brasileiro Fiogruz.

Guimarães alertou que as piores cenas do pico março-abril podem ser reconsideradas no Brasil, onde o país tem uma média de 3.000 mortes por dia.

“Ainda estamos em uma situação muito ruim, com taxas de transferência muito altas e leitos hospitalares sendo ainda mais importantes em muitos lugares”, disse ele.

Nesta semana, o número de novos casos confirmados no Brasil aumentou para uma média de mais de 70.000 por dia, superando a Índia, o maior do mundo.

A vacina será crucial para derrotar o vírus no Brasil porque o país não conseguiu chegar a um consenso sobre exclusão social e máscaras, disse Esther Sabino, epidemiologista da Universidade de São Paulo.

“Nós realmente precisamos aumentar a vacinação muito rapidamente”, disse ele.

No entanto, evidências do vizinho Chile, que depende fortemente da vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech (SVAO), assim como pelo Brasil, sugerem que pode levar meses até que as vacinas em massa impeçam a disseminação.

Quase metade da população chilena foi vacinada, mas os casos aumentaram novamente porque a capital, Santiago, foi trancada novamente. consulte Mais informação

O Brasil precisa vacinar cerca de 80 milhões de pessoas para atingir o nível atual de vacina per capita no Chile.

Vacinas e suprimentos no Brasil precisam ser entregues de forma mais uniforme nos últimos meses por causa dos atrasos nas importações da China, depois que Bolsanaro se opôs à noção de que Pequim era hostil à China. consulte Mais informação

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Reportagem de Eduardo Simos Anthony Bodil Edição de Brad Haynes e Steve Arlofsky

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