Abril 26, 2024

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No Brasil, que comanda o futebol, a NBA faz infiltrações constantes

São Paulo (AFP)

Para grande parte do Brasil, o futebol é quase uma religião. Mas a jogabilidade visual, glamorosa e de qualidade da NBA faz do basquete um esporte favorito para homens e mulheres em crescimento – homens e mulheres.

Emiliana Ramos se apaixonou pela NBA pela primeira vez na década de 1990, no auge das lendas do Chicago Bulls, Michael Jordan e Scotty Pippon, que disputavam jogos de exibição no Brasil.

Agora, aos 42 anos, Ramos – gerente de produção de uma empresa de tecnologia em São Paulo – decide qual time vai torcer em cada temporada e qual jogador é seu favorito.

“O basquete é tratado como um show: é um produto geral, então é mais um jogo porque é mais do que um jogo – é todo um lado de marketing, camisa. É como o futebol no Brasil”, disse Ramos à AFP em um clube esportivo no ao norte da megacidade. Ela está jogando basquete.

Fulaninha, algumas de suas companheiras de time amador estão vestindo uma camisa do Lakers ou um uniforme normal da NBA. Rios veste o top número um usado pela estrela do New Orleans Pelicans, Jeon Williamson.

Emiliana Ramos é fã da estrela do New Orleans Pelicans, Zion Williamson, e está usando sua camisa número 1 Harry como Getty está filmando a Copa América do Norte / AFP

Como Ramos, milhares de novos fãs no Brasil – geralmente mais associados a Pelé do que LeBron James – assistem aos jogos da NBA a cada temporada.

No primeiro trimestre de 2021, a NBA teve 45 milhões de torcedores no Brasil, um aumento de 31 por cento em relação ao número registrado no início de 2019, segundo dados compilados pelo IBOPE Repucom.

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– ‘Mercado Prioritário’ –

Uma dúzia de brasileiros jogou na American National Basketball Association desde sua criação em 1946, mas nenhum deles é sua própria estrela. Um, DD Loussa, toca com Williamson em Nova Orleans.

O superastro da NBA, LeBron James, tem o seguinte no Brasil - aqui, ele joga uma exibição pela seleção dos EUA contra o Brasil em 2012 em Washington
O superastro da NBA, LeBron James, tem o seguinte no Brasil – aqui, ele joga uma exibição pela seleção dos EUA contra o Brasil em 2012 em Washington Patrick Smith Getty Images América do Norte / AFP / Arquivo

Mas Rodrigo Vicentini, o principal representante da liga no Brasil, se tornou o “segundo maior mercado da NBA no exterior”, depois da empresa latino-americana China.

“O Brasil é muito importante e muito estratégico para o campeonato e para o desenvolvimento do jogo”, disse Vicentini à AFP. “Temos de crescer com a religião do futebol aqui.”

A NBA veio oficialmente ao Brasil em 2004 com o objetivo de criar uma base de fãs em um país de 213 milhões de habitantes. A seleção nacional teve algumas vitórias notáveis, incluindo uma vitória contra os Estados Unidos nos Jogos Pan-Americanos de 1987 para ganhar o ouro.

Desde então, jogos amistosos foram organizados entre os dois times, lojas de basquete e escolas foram abertas, acordos de cooperação foram firmados com a principal liga masculina do Brasil e jogos da NBA são transmitidos aqui.

O resultado? Vicentini diz que o crescimento constante da popularidade da liga é impulsionado pelo amor dos brasileiros pelo esporte em geral, pelo interesse da geração mais jovem em seguir mais de um esporte e pela imagem da NBA por uma marca entusiasta.

Na Avenida Central Balista de São Paulo ou na Praia de Copacabana, no Rio, não é incomum ver pessoas vestindo camisetas, camisetas ou bonés com os números e cores das elites da NBA, como James, Stephen Curry ou o falecido Kobe Bryant.

O pioneiro brasileiro do Paris Saint-Germain, Neymar (C), usa uma camisa em memória do falecido lenda da NBA Kobe Bryant em fevereiro de 2020
O pioneiro brasileiro do Paris Saint-Germain, Neymar (C), usa uma camisa em memória do falecido lenda da NBA Kobe Bryant em fevereiro de 2020 Frank Fife AFP / Arquivo

“Muitos deles não sabem quem é LeBron James, então por que estão de shorts dele? Porque são uma forma de recriar seu look”, diz Vicentini.

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Astros do futebol como Neymar do Brasil ou Lionel Messi da Argentina também ajudaram a quebrar barreiras usando roupas de basquete.

– Diferença brasileira –

Alana Paluto Ciochetta, de 26 anos ou mais, usa uma camiseta do James no Lakers Purple – os fãs estão debatendo quem é o melhor jogador de basquete de todos os tempos, em comparação com “King James” Jordan.

O time Fulaninha de São Paulo representa uma tendência no Brasil - as mulheres compõem quase toda a torcida da NBA no país e sabem mais sobre o esporte do que os homens
O time Fulaninha de São Paulo representa uma tendência no Brasil – as mulheres compõem quase toda a torcida da NBA no país e sabem mais sobre o esporte do que os homens Nelson Almeida AFP

Chiochetta, do Paraná, no sul do Brasil, lembra de tê-lo visto jogar no Miami Heat durante uma viagem aos Estados Unidos em 2011. Agora, segue sua vida de longe, mas veste as cores do time quando joga pelo Fulaninha.

Ciochetta, que é um grande fã do jogo desde os 10 anos, acompanha os playoffs da NBA todos os anos. “Eu entrei nisso e não consegui parar”, diz ela.

Ela é particularmente parte do evento brasileiro: as mulheres representam quase metade (45 por cento) da base de fãs da NBA no país e estão mais profundamente envolvidas, com melhor conhecimento do jogo e das regras do que os fãs do sexo masculino, diz Vicentini.

“Este é um número que precisa de atenção. Tradicionalmente, os homens têm sido o público principal e os fãs”, disse o porta-voz da NBA, acrescentando que não sabia explicar como o evento aconteceu.

As mulheres da família Pedro Nunes, que jogam pelo time de basquete do Corinthians em São Paulo, só viram o futebol antes. Agora, eles também assistem ao jogo dele.

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“Muita gente assiste a NBA. Fiquei muito fascinado por isso”, diz Nunes. “Muitos deles nunca jogaram basquete, mas agora vêm falar comigo. Às vezes, sabem mais do que eu.”