BRASÍLIA, 8 de dezembro (Reuters) – O banco central brasileiro elevou as taxas de juros em 150 pontos base na quarta-feira, sinalizando outro aumento semelhante em fevereiro, uma das batalhas mais agressivas do mundo contra a inflação, apesar da maior desaceleração econômica da América Latina.
Conforme previsto por 31 economistas em uma pesquisa da Reuters, o painel de classificação do banco, Cobom, decidiu por unanimidade aumentar sua taxa de juros básica para 9,25%. Os legisladores aumentaram a taxa sete vezes, de 2,0% em janeiro deste ano.
Isso torna o atual ciclo de aperto do Brasil mais agressivo nas principais economias, já que o banco central enfrenta uma inflação de 12 meses de dois dígitos e os votos do presidente Jair Bolsanaro de aumentar os gastos com bem-estar em um ano eleitoral.
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Embora reconheça a atividade econômica mais fraca do que o esperado e a incerteza sobre a variante do vírus Omicron Corona, o Copom colocou uma margem dura em sua declaração de política, prometendo aumentar as tarifas “especificamente” em território restrito.
“O comitê permanecerá (integrado) em sua estratégia até que se ancore em torno do processo de inflação e de seus objetivos”, escreveu Cobom no comunicado.
Marco Caruso, economista-chefe do Banco Original, classificou este relatório como “muito difícil” e recomendou “taxas mais altas no longo prazo”.
Alguns economistas alertaram que a política monetária frouxa saiu pela culatra para o governo, forçando o banco central a aumentar drasticamente as taxas, o que foi redigido como lei formal de autonomia este ano. Os custos de captação mais elevados contribuíram para uma ligeira contração econômica no segundo e terceiro trimestres. consulte Mais informação
A moeda fraca, a seca severa e os altos preços dos combustíveis ajudaram a elevar os preços ao consumidor em 10,7% nos 12 meses até meados de novembro. É a inflação mais quente do G20, com exceção da Argentina, que não alterou as taxas de juros em 2021, e da Turquia, que chocou os mercados ao cortar as taxas no início deste ano. consulte Mais informação
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Reportagem de Marcela Ayers e Bernardo Carrom Brad Haynes Editando Stephen Eisenhammer e Sonia Hepinstall
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