Brasília, Brasil:
O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 66 por cento em agosto em comparação com o mesmo mês do ano passado, informou o governo na terça-feira, ao mesmo tempo em que anunciou a demarcação de duas novas reservas indígenas. “Em agosto, a participação do Brasil na maior floresta tropical do mundo reduziu o desmatamento em 66,11%”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em cerimônia que marcou o Dia da Amazônia.
Isto seguiu-se a uma queda anual semelhante de 66% em Julho – dois meses críticos na Amazónia, quando a desflorestação normalmente aumenta com o início do tempo seco do ano.
De acordo com o monitoramento por satélite da agência brasileira de pesquisas espaciais INPE, o desmatamento na Amazônia brasileira destruiu 1.661 quilômetros quadrados em agosto de 2022, o último ano do mandato de extrema direita de Jair Bolsonaro.
Bolsonaro (2019-2022), aliado do poderoso setor do agronegócio, liderou um aumento acentuado do desmatamento na Amazônia.
“Esses resultados mostram a determinação do governo Lula em quebrar o ciclo de abandono e regressão observado no governo anterior”, disse Silva.
“Se não protegermos as florestas e a sua população, condenaremos o mundo a um aumento brutal das emissões de CO2 e, como resultado, aceleraremos as alterações climáticas.”
Novas Reservas Domésticas
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que anteriormente liderou o Brasil de 2003 a 2010, voltou ao cargo em janeiro prometendo proteger a ameaçada Amazônia, lar de árvores que absorvem carbono, contra o aquecimento global.
A chave para esse compromisso, dizem os investigadores, são as reservas nativas que são consideradas baluartes contra a desflorestação.
“Se não houver futuro para a Amazônia e seu povo, não haverá futuro para o planeta”, disse Lula ao anunciar as duas novas reservas.
Em abril, seu governo já havia reconhecido seis novos territórios indígenas, capacitando os povos indígenas a ocuparem as terras e utilizarem exclusivamente seus recursos.
E o governo disse na terça-feira que a demarcação poderá ser feita ao final de seis anos.
O país tem cerca de 800 reservas, mas um terço delas não está oficialmente definida, segundo a Agência Brasileira de Assuntos Indígenas.
Nenhuma nova reserva foi definida sob Bolsonaro.
A reserva Rio Gregorio de 187.000 hectares (462.000 acres) e a reserva Acapuri de Cima de 18.000 hectares (44.000 acres) – demarcações – estão enfrentando uma decisão importante da Suprema Corte que pode inviabilizar as tribos ou povos do país. .
A lei atualmente reconhece apenas os territórios ancestrais ocupados pelas comunidades indígenas na época em que a constituição do Brasil foi promulgada em 1988.
Mas os líderes indígenas dizem que certos territórios já não estão ocupados, especialmente durante a ditadura militar das décadas de 1960 a 1980, quando as comunidades foram expulsas.
O caso validará ou invalidará o corte de 1988. Até o momento, seis dos 11 juízes votaram, sendo quatro contra o corte e dois a favor. A nova votação será realizada no dia 20 de setembro.
As reservas indígenas ocupam 13,75% do território brasileiro, a maior parte – como as duas reconhecidas Marte – na Amazônia.
(Além da manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e foi publicada a partir de um feed distribuído.)
“Desbravador da internet irritantemente humilde. Fã do Twitter. Nerd da cerveja. Estudioso do bacon. Praticante do café.”
More Stories
Rio de Janeiro se prepara para o maior show de Madonna na praia de Copacabana
Pelo menos 56 pessoas morreram no Brasil devido a fortes chuvas e inundações
Inundações deixam o sul do Brasil de joelhos: milhares de deslocados no estado do Rio Grande do Sul