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A saída do Bolshoi do astro da dança brasileira o está levando para casa

Rio de Janeiro

A saída do Bolshoi do astro da dança brasileira o está levando para casa

No dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, o dançarino brasileiro David Motta, que mais tarde foi o solista principal do famoso balé Bolshoi, sabia que tinha que deixar o país onde viveu metade de sua vida.

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Foi uma decisão “óbvia” – seu coração estava com o povo da Ucrânia -, mas “algo difícil na minha vida”, disse ele.

O jovem bonito e magro de 25 anos convida a Rússia para casa há 13 anos. A Academia Bolshoi o pegou ainda menino e o transformou em uma estrela internacional.

“Este é um turbilhão de emoções”, disse Motta depois de enxugar o suor do rosto após um ensaio recente no Rio de Janeiro.

“Não consegui dormir por dias. Eu não sei para onde ir ou como começar de novo.

Temendo que as fronteiras fossem fechadas, ele voou para Istambul, depois para Milão e finalmente para o Brasil, e elaborou um “plano de fuga”.

De volta ao Rio, o icônico balé de Tchaikovsky, exibido no Bolshoi em 1877, despede-se da Moto Moscou com um número limitado de apresentações de “O Lago dos Cisnes”.

É um retorno curto: Mota dança por três noites no Rio no papel do príncipe Siegfried. Mais tarde, ele vai virar a página e viajar para Berlim para iniciar um novo acordo com a Statsbolt.

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Motta foi um dos primeiros estrangeiros a anunciar sua saída do Bolshoi.

Agora, todos os dançarinos estrangeiros da companhia deixaram o país, disse ele em entrevista à AFP após um intenso ensaio de fantasia no Teatro Municipal do Rio, ainda vestindo sua meia-calça branca e blusa bordada em ouro.

Ele disse lamentar que os artistas tenham ficado presos na “encruzilhada” do conflito na Ucrânia e que seu papel deveria ser “unir culturas e nações”.

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Artistas russos são particularmente vulneráveis ​​a uma série de boicotes internacionais, disse ele.

“Infelizmente, todos os russos estão sendo culpados pelas ações de uma pessoa”, disse ele ao presidente Vladimir Putin.

Mas ele disse que “nunca criticaria” a Rússia. “Foi lá que eu cresci. Isso me ensinou muito. Estará sempre perto do meu coração.

Nasceu em Cabo Frio, cidade litorânea do norte de Motta Rio de Janeiro.

Ele se interessou pelo balé ainda jovem e recebeu uma bolsa do governo brasileiro para estudar na Academia Bolshoi.

Aos 12 anos, deixou as belas praias do Brasil e mudou-se para a nebulosa Moscou, onde não falava nada de russo.

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“Eu estava sozinho. Lembro-me de cada momento com muita clareza. Era inverno, tudo estava branco”, disse ele ansiosamente.

A academia se tornou sua segunda família, disse ele.

Ela se formou em 2015, ganhando o primeiro prêmio no All-Russian Young Dancers Competition daquele ano, e depois subiu para a posição de solista líder no ranking do Bolshoi – um degrau abaixo da dançarina líder.

“O balé é tudo para mim. O ar que eu respiro. Vou para a cama todas as noites e acordo todas as manhãs pensando em balé”, disse.

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Ele disse que sua curta temporada no Rio seria “preciosa” porque ele se apresentaria para seus pais.

“Depois de todo o esforço que eles fizeram, treinei no Bolshoi e minha família podia me ver dançando”, disse ele.

Depois, ainda este mês, Mota vai mudar-se para Berlim.

Ele nunca tinha estado na cidade e ainda não falava alemão.

Mas isso não é um detalhe para uma bailarina que saiu de casa aos 12 anos para perseguir um sonho distante em um país do outro lado da terra.

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