BRASÍLIA, 16 Mai (Reuters) – O diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Bruno Serra, destacou nesta segunda-feira que as autoridades não descartam novos aumentos de juros desde junho, dizendo que “o tempo dirá”.
Esses comentários ocorrem em meio a discussões do mercado sobre a necessidade de um ciclo de austeridade mais severo em um momento em que as expectativas de inflação estão se movendo acima das metas oficiais.
No início de maio, o banco central elevou as taxas de juros em 100 pontos base para 12,75%, indicando um pequeno ajuste para o próximo mês, abaixo dos 2% de março do ano passado.
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Falando em uma conferência organizada pelo Goldman Sachs, Serra disse: “Estamos nos colocando em uma situação que sinaliza que outra alta é possível. De agora em diante, o tempo dirá”.
Ele admitiu que queria flutuações baixas nas taxas de juros, mas percebeu que isso nem sempre era possível.
“Uma coisa é priorizar a estabilidade das taxas de juros no longo prazo, mas não estamos presos a um cenário específico.
Serra disse que é desejável manter as taxas de juros altas no longo prazo para controlar a inflação, aumentando as taxas se possível e depois baixando-as rapidamente.
Ele disse que após a recente desvalorização do real brasileiro, a moeda foi afetada principalmente pela fraqueza do yuan, mas também pelo aperto da moeda norte-americana. No entanto, ele disse que a tendência do câmbio é de desempenho “muito melhor” do que em 2020 e 2021.
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Reportagem de Marcela Ayers; Edição por Lisa Schumacher
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