Inteligência
- Na primeira quinzena de junho, as vendas brasileiras de algodão caíram devido às diferenças de preço e qualidade entre os agentes do mercado.
- Os agentes do setor pressionaram os preços para baixo, levando à queda de 2,9% no índice CEPEA/ESALQ do algodão.
- Segundo relatório da CONAB, a área projetada de algodão para a safra 2022/23 é de 1,636 milhão de hectares.
O Brasil registrou queda nas vendas de algodão na primeira quinzena de junho. Muitos participantes do mercado estiveram ausentes do mercado à vista, enquanto os presentes não chegaram a um consenso sobre preço e qualidade. Além disso, as oscilações de preços no mercado externo contribuíram para a desaceleração das vendas brasileiras de algodão, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA).
De forma intermitente, um número limitado de lotes era lançado no mercado para atender a necessidades emergenciais ou para permitir que os compradores reabastecessem seus estoques. Muitos agricultores resistiram ao corte de preços, especialmente para o algodão de alta qualidade. Os vendedores com necessidade de fluxo de caixa ou que precisam liberar espaço nos armazéns devido à chegada imediata de grandes quantidades de algodão da nova safra mostraram maior flexibilidade para baixar os preços.
Na primeira quinzena de junho, as vendas brasileiras de algodão caíram devido às diferenças de preço e qualidade entre os agentes do mercado. Os agentes do setor pressionaram os preços para baixo, levando à queda de 2,9% no índice CEPEA/ESALQ do algodão. Segundo relatório da CONAB, a área projetada de algodão para a safra 2022/23 é de 1,636 milhão de hectares.
Os agentes industriais exerceram pressão baixista sobre os preços, enquanto outros se abstiveram de participar do mercado e se valeram de seus produtos armazenados ou já adquiridos e programados para distribuição. Como resultado, alguns processadores estão operando com baixa capacidade, disse o CEPEA em seu último relatório quinzenal sobre o mercado brasileiro de algodão.
De 31 de maio a 15 de junho, o índice CEPEA/ESALQ do algodão recuou 2,9%, para R$ 3,9924/libra em 15 de junho.
Em relatório publicado em 13 de junho, a CONAB (Agência Nacional de Distribuição de Alimentos) previu a área brasileira de algodão para a safra 2022/23 em 1,636 milhão de hectares, um aumento de 2,2% em relação à safra 2021/22. As estimativas de produtividade foram revisadas para cima por mais um mês em 2,69 por cento sobre a previsão anterior e 14,1 por cento sobre a temporada passada em 1.821 kg/ha. Com isso, o volume esperado da safra de algodão no Brasil chegará a 2,978 milhões de toneladas, o segundo maior, representando um aumento de 2,66% em relação ao mês anterior e um aumento de 16,6% em relação à temporada 2021/22.
Segundo relatório do USDA divulgado em 9 de junho, o Brasil deverá importar 2,014 milhões de toneladas de algodão na atual temporada. Isso representa o nível mais alto desde a safra 2020-21, um aumento de 6,3% em comparação com a previsão do mês passado e um aumento impressionante de 42,3% em relação à temporada 2022-23.
Fibre2Fashion News Desk (KD)
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