Maio 3, 2024

FVO Site

Encontre as últimas notícias do mundo de todos os cantos do globo no site FVO, sua fonte online para cobertura de notícias internacionais.

GT Voice: visita de Lula fortalece laços Brasil-China, apesar do vilipêndio do Ocidente

Um navio de carga carregado com soja do Brasil se prepara para descarregar no Porto de Yangpu, Zona de Desenvolvimento Econômico de Yangpu, Danzhou, província de Hainan, no sul da China, em julho de 2022.  Foto: Xinhua

Um navio de carga carregado com soja do Brasil se prepara para descarregar no Porto de Yangpu, Zona de Desenvolvimento Econômico de Yangpu, Danzhou, província de Hainan, no sul da China, em julho de 2022. Foto: Xinhua

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em visita de Estado à China de 26 a 31 de março. Segundo a Reuters, o presidente brasileiro será acompanhado por uma comitiva de 240 representantes empresariais, incluindo 90 do setor agrícola. O secretário de Promoção Comercial do Brasil, Daniel Fernandez, disse que todos os ministérios do governo estarão representados durante a visita. Uma delegação tão grande reflete o forte interesse do Brasil em ampliar a cooperação com a China.

No entanto, esse grande interesse e o amplo potencial para uma maior cooperação China-Brasil aparentemente atraíram a ira entre alguns americanos de mentalidade hegemônica que não querem ver laços sino-brasileiros mais estreitos. Desde a reeleição de Lula como presidente do Brasil, muitos meios de comunicação ocidentais e grupos de reflexão têm feito alguns ruídos contraditórios em uma aparente tentativa de desestabilizar e desacreditar a cooperação China-Brasil.

“Lula simplesmente não pode confiar na China desta vez”, afirmou um artigo publicado em janeiro pelo Carnegie Endowment for International Peace, um think tank com sede em Washington. Antes da planejada visita de Lula à China, alguns meios de comunicação ocidentais também tentaram complicar as relações do Brasil com a China. Por exemplo, a revista Diplomat publicou um artigo no sábado intitulado “Potencial acordo comercial China-Uruguai arrisca romper o Mercosul”, um bloco comercial também conhecido como Mercado Comum do Sul em alguns países sul-americanos.

Desnecessário dizer que tais esforços não alterarão a tendência geral de crescimento da cooperação econômica e comercial entre China e Brasil, resultado natural da forte complementaridade econômica entre os dois países.

READ  Ari Borges e Pia Sanerato levam Brasil à vitória sobre o Panamá na Copa do Mundo

Assim como a China, a principal estratégia do Brasil é promover o desenvolvimento econômico e social. O Ministério das Finanças do Brasil cortou na sexta-feira suas estimativas para o crescimento econômico este ano, citando o impacto das taxas básicas de juros mais altas na atividade e no crédito. A cooperação entre os dois países é crucial durante um período de teste de incerteza econômica global. É imperativo que ambos os países ignorem o barulho feito pelo Ocidente e se concentrem em alavancar suas complementaridades para aumentar a cooperação e a competitividade econômica.

Apesar dos severos impactos da pandemia de COVID-19 na economia global nos últimos três anos, as relações comerciais entre China e Brasil vêm ganhando novos avanços. O comércio bilateral ultrapassou US$ 100 bilhões por cinco anos consecutivos, e a China é o maior parceiro comercial do Brasil há 14 anos consecutivos. Em 2022, as exportações do Brasil para a China foram estimadas em US$ 89,43 bilhões, representando 26,8% do total das exportações do país, segundo estatísticas oficiais brasileiras. O Brasil também é o maior destino de investimentos da China na América Latina.

Lula, que tomou posse como novo presidente do Brasil em 1º de janeiro, é uma figura de longa data na política brasileira. Como então presidente do Brasil, Lula visitou a China em 2004. Em uma tentativa de estreitar os laços com a segunda maior economia do mundo, ele levou uma grande delegação de ministros, governadores e líderes empresariais à China. Cinco anos depois dessa viagem, a China ultrapassou os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil. Esperançosamente, a visita de Lula desta vez levará mais uma vez as relações econômicas China-Brasil a novos patamares.

READ  Zidane 'perfeito' para o Brasil enquanto a França espera

O aprofundamento da parceria econômica e comercial entre a China e o Brasil impulsionou o desenvolvimento da agricultura, infraestrutura, ciência e tecnologia, comércio eletrônico e outros setores do Brasil, contribuindo muito para o crescimento econômico do Brasil. A China e o Brasil estão trabalhando juntos para aumentar o potencial da cooperação econômica e comercial bilateral, desenvolver medidas de facilitação de investimentos, moldar conjuntamente o ambiente de segurança da cadeia industrial e da cadeia de suprimentos, promover capacidades de desenvolvimento sustentável e realizar cooperação prática em indústrias-chave. .

Vale ressaltar que a China atribui grande importância à cooperação econômica bilateral com Brasil, Uruguai e todos os membros do Mercado Comum do Sul. Deve-se ressaltar que o fortalecimento das relações econômicas e comerciais bilaterais é propício para melhorar a cooperação geral do Mercado Comum do Sul.

Previsivelmente, algumas potências ocidentais gostariam de ver atritos entre a China e o Brasil, mas essas potências ficarão profundamente desapontadas como resultado. A cooperação ganha-ganha da China com países como o Brasil aumentará. A paz e o desenvolvimento prevalecerão.