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Casa Branca repreende Bolsonaro por visita ‘solidária’ a Moscou

FOTO DE ARQUIVO: O presidente russo Vladimir Putin aperta a mão de seu colega brasileiro Jair Bolsonaro durante uma reunião em Moscou, Rússia 16 de fevereiro de 2022. Sputnik / Mikhail Klimentyev / Kremlin via REUTERS / Foto de arquivo

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BRASÍLIA, 18 Fev (Reuters) – A Casa Branca criticou nesta sexta-feira a visita do presidente brasileiro Jair Bolsonaro a Moscou nesta semana em meio à crise na Ucrânia, dizendo que a grande maioria da comunidade internacional se opõe a uma invasão russa.

“Acho que o Brasil pode estar do outro lado da comunidade global”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.

Na quinta-feira, o Departamento de Estado emitiu uma forte repreensão à expressão de “solidariedade” de Bolsonaro pela Rússia ao visitar o presidente russo, Vladimir Putin, no Kremlin.

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Com as massas de tropas russas perto das fronteiras da Ucrânia levantando temores de uma invasão, os Estados Unidos pediram a Bolsonaro que adiasse sua viagem a Moscou, mas ele seguiu em frente.

Na quarta-feira, ao lado de Putin, Bolsonaro disse em comunicado que estava “solidário com a Rússia”, sem dar mais detalhes.

“O momento em que o presidente do Brasil expressa solidariedade à Rússia, no momento em que as forças russas estão se preparando para lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ser pior”, disse um porta-voz do Departamento de Estado.

“Isso prejudica a diplomacia internacional voltada para evitar um desastre estratégico e humanitário, bem como os próprios apelos do Brasil por uma solução pacífica para a crise”, disse o texto do comunicado visto pela Reuters.

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Diplomatas brasileiros disseram à Reuters que o Itamaraty foi pego de surpresa pela forte repreensão do Departamento de Estado, que eles souberam pela mídia.

“Como você responde a um texto que você não tem”, disse um diplomata, falando sob condição de anonimato, já que não estava autorizado a discutir o assunto.

“Nossos contatos com o Departamento de Estado são frequentes e sempre amistosos na agenda bilateral. Não se pautam por declarações anônimas divulgadas na imprensa”, disse.

Os comentários dos EUA foram uma crítica incomumente brusca ao governo do maior país da América Latina, com o qual os Estados Unidos costumam manter relações cordiais.

Bolsonaro foi um forte aliado ideológico do ex-presidente Donald Trump e as relações esfriaram sob o governo do presidente Joe Biden, em meio a ruínas sobre mudanças climáticas e outras questões.

“Esta é uma questão do Brasil, como um país importante, parecendo ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um país vizinho menor, uma postura inconsistente com a ênfase histórica do Brasil na paz e na diplomacia”, disse o Departamento de Estado. consulte Mais informação

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Reportagem de Lisandra Paraguassu; Escrito por Anthony Boadle; edição por Diane Craft

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