Abril 26, 2024

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Brasil bateu recorde de desmatamento da floresta amazônica no primeiro semestre de 2022

Brasil bateu recorde de desmatamento da floresta amazônica no primeiro semestre de 2022

Dados de satélites do INPE mostraram que 3.750 quilômetros quadrados (1.448 milhas quadradas) da maior floresta tropical do mundo foram perdidos no Brasil entre 1º de janeiro e 24 de junho, a maior área desde que o monitoramento começou em 2016.

Os satélites do INPE vêm registrando novos recordes mensais de desmatamento desde o início do ano, tendo registrado 2.562 incêndios na Amazônia no mês passado.

Maio e junho geralmente marcam o início de queimadas e desmatamentos anuais significativos devido à estação seca na Amazônia.

Em maio, o INPE detectou 2.287 incêndios na floresta tropical, o maior número para aquele mês desde 2004.

A destruição da maior floresta tropical do mundo aumentou desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019 e enfraqueceu a proteção ambiental, argumentando que estão impedindo o crescimento econômico que poderia reduzir a pobreza na região amazônica.

Embora o presidente tenha promulgado várias ordens executivas e leis para proteger a floresta tropical, ele simultaneamente cortou o financiamento para programas de proteção e monitoramento ambiental administrados pelo governo e pressionou para abrir terras indígenas para agricultura comercial e mineração.

Em outubro de 2021, um grupo de advogados climáticos instou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar a Amazônia por seus supostos ataques, que eles disseram ser “crimes contra a humanidade”.

Mas o presidente do Brasil reagiu contra os críticos internacionais que pressionam por uma melhor proteção da floresta tropical.

No início de maio, Bolsonaro atacou Leonardo DiCaprio, dizendo que o ator deveria “ficar de boca fechada” depois de falar sobre a importância ambiental da Amazônia.

Alguns cientistas prevêem que o desmatamento continuará a aumentar no período que antecede a eleição presidencial do Brasil em outubro, mais do que nas últimas três eleições.

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A fiscalização ambiental normalmente enfraquece durante os anos eleitorais e os criminosos correm para desmatar as florestas antes que um novo governo tome posse, diz Carlos Sousa Jr., pesquisador da empresa brasileira de pesquisa Imazon.