Cientistas brasileiros calcularam o potencial de produção solar flutuante no Brasil, assumindo que seja apenas 1% da área de corpos d’água artificiais. Os resultados mostram uma capacidade instalada de 43 GW para o Brasil como um todo, com o estado de Minas Gerais liderando com 6 GW, seguido pela Bahia com 4,59 GW e São Paulo com 3,87 GW.
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro desenvolveram um modelo matemático para calcular o potencial de produção solar flutuante no Brasil, detalhando os resultados para cada estado.
O estudo considera apenas 1% do potencial de produção de corpos d’água artificiais, como hidrelétricas e barragens, e sua área disponível. A equipe usou o banco de dados da Agência Nacional de Água e o software QGIS para filtrar corpos d’água artificiais, totalizando 174.526, excluindo aqueles em terras nativas.
As variáveis de entrada do modelo não são apenas a radiação solar no Brasil, mas também a temperatura, incluindo a temperatura média anual da superfície do ar e a velocidade média anual do vento. “Este artigo difere de outros estudos que geralmente consideram apenas recursos solares, pois o desempenho dos módulos fotovoltaicos é mais sensível à temperatura”, disseram os pesquisadores.
O sistema fotovoltaico flutuante modelado utiliza módulos da Globo Brasil, fabricante brasileira de módulos, com capacidade de 320 W e eficiência de 16,49%. O modelo assume que cada MW de energia solar flutuante cobre aproximadamente 10.512 metros quadrados.
Os resultados mostram que o Brasil pode gerar 79,37 GWh de eletricidade por ano a partir da energia solar flutuante, equivalente a uma capacidade potencial instalada de 43,28 GW. Aproximadamente 72% dessa energia corresponde a usinas hidrelétricas, com capacidade instalada de 31,5 GW e produção de 57,38 GWh por ano.
Essa energia solar flutuante corresponde à produção anual de eletricidade de Itaipu, a maior hidrelétrica do Brasil, e 12,7% da produção total de eletricidade do Brasil. Pode fornecer eletricidade a 41 milhões de domicílios brasileiros, 56% do total.
A região com maior potencial é o Nordeste, com 10,58 GW ou 24,5% do total, combinando melhor radiação solar e maior número de corpos d’água artificiais. Foi seguido pelo Sudeste 10,08 GW (23,3%), Norte 8,5 GW (19,7%), Centro 8,2 GW (18,9%) e Sul 5,93 GW (13,7%).
Os resultados para cada estado são os seguintes:
- Minas Gerais: 6 GW
- Bahia: 4,59 GW
- São Paulo: 3,87 GW
- Mato Grosso do Sul: 3,73 GW
- Pará: 3,23 GW
- Goiás: 3,16 GW
- Paraná: 2,82 GW
- Amazonas: 2,69 GW
- Rio Grande do Sul: 2,65 GW
- Cara: 2,40 GW
- Tokendins: 1.214 GW
- Mato Grosso: 1.211 GW
- Rondônia: 1,18 GW
- Rio Grande do Norte: 816 MW
- Maranhão: 812 MW
- Paraíba: 666 MW
- Piauí: 623 MW
- Pernambuco: 516 MW
- Santa Catarina: 463 MW
- Rio de Janeiro: 141 MW
- Alagos: 120 MW
- Capacidade: 88 MW
- Espírito Santo: 68 MW
- Capacidade: 63 MW
- Distrito Federal de Brasília: 59 MW
- Serkip: 32 MW
- Área cultivada: 5 MW
“Apenas 1% das áreas de corpos d’água artificiais pode fornecer energia elétrica, 39% no Centro-Oeste, 25% no Nordeste, 42% no Norte, 8% no Sudeste e 12% no Sul. No estado de Mato Grosso do Sul (MS) todo o seu consumo é fornecido, e a energia gerada pode ser exportada para outros estados”, opinaram os cientistas.
Eles apresentaram seus resultados”Viabilidade técnica de sistemas fotovoltaicos flutuantes em águas artificiais no Brasil.,” publicado em Energia renovável.
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