Maio 7, 2024

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Bolsonaro vota no funeral da rainha, reunião da ONU |  Notícias de Taiwan

Bolsonaro vota no funeral da rainha, reunião da ONU | Notícias de Taiwan

BRASÍLIA, Brasil (AP) – Faltam apenas duas semanas para a eleição no Brasil, mas o presidente Jair Bolsonaro decidiu suspender sua campanha e deixar o país para uma viagem internacional de quatro dias.

O líder de direita chegou a Londres para participar do funeral da rainha Elizabeth II na segunda-feira e planeja abrir uma sessão geral das Nações Unidas em Nova York no dia seguinte.

Aliados esperam que a viagem de Bolsonaro atraia alguns eleitores, dê a ele alguma seriedade após um hiato de quase quatro anos de outros líderes mundiais e forneça material para anúncios de TV.

Bolsonaro está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião, com outros candidatos muito atrás. O esquerdista da Silva, que governou de 2003 a 2010, obteve 50% dos votos em 2 de outubro e evitou concorrer na atual eleição.

Bolsonaro declarou três dias de luto nacional no Brasil após a morte do monarca britânico de 96 anos, e o funeral foi a primeira visita oficial de Bolsonaro ao Reino Unido. Ele conheceu o novo rei, Carlos III, durante uma visita ao Japão em 2019.

Na época, Bolsonaro descreveu Charles, um ambientalista fervoroso, como “alguém que, como o resto do mundo, está errado sobre a Amazônia”. O governo Bolsonaro é frequentemente acusado por ambientalistas de não trabalhar para impedir o desmatamento na região amazônica e de fechar os olhos para crimes ambientais.

Após o funeral, Bolsonaro viajou para Nova York para manter a tradição de ser o primeiro a falar na Assembleia de Presidentes brasileira.

Segundo o Itamaraty, o discurso de Bolsonaro em Nova York pode conter elementos sugeridos pela abordagem eleitoral e pelo corpo diplomático brasileiro.

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“Ele é chefe de Estado e de governo, mas candidato à reeleição. Essa separação é necessária, mas nem sempre correta”, disse Paulino Neto, embaixador do Brasil na ONU.

Falando em um comício de campanha no estado do Paraná na sexta-feira, Bolsonaro esclareceu as ligações entre a eleição e seu país estrangeiro.

Ele disse aos apoiadores que queria prestar homenagem à rainha Elizabeth para representar o Brasil. “A cada dia, o Brasil interage e se integra com outros países do mundo. O Brasil é um país incrível e todo mundo quer fazer negócios conosco”, disse.

Oliver Stuenkel, professor de Relações Exteriores da Fundação Getlio Vargas em São Paulo, disse que Bolsonaro quer mostrar aos eleitores que não está isolado dos líderes internacionais. Ele disse que a base conservadora de Bolsonaro, que inclui monarquistas, ficaria feliz em vê-lo em um funeral real.

“O que Bolsonaro quer é mostrar que pode afirmar alguma estabilidade e previsibilidade com base em valores e responder às críticas de que está isolado no mundo”, disse Stuwenkel. “Nova York dará a ele um palco global. Ele garantirá manchetes por dois dias.

____ Savarez relatou de São Paulo.