Pelo menos 60 pessoas morreram e 101 estão desaparecidas em grandes enchentes no estado do Rio Grande do Sul, no sul do Brasil, segundo autoridades locais no domingo.
Pelo menos 155 pessoas ficaram feridas e mais de 80 mil pessoas fugiram de suas casas devido aos danos causados pela chuva. Cerca de 15 mil pessoas se abrigaram em escolas, ginásios e outros abrigos temporários.
As inundações causaram estragos em todo o estado, incluindo deslizamentos de terra, estradas destruídas e pontes desabadas. As operadoras disseram que a energia e as comunicações foram cortadas. Mais de 800 mil pessoas estão sem abastecimento de água, disse a Agência de Defesa Civil, citando números da empresa de água Korzan.
Na noite de sábado, moradores da cidade de Canoas ficaram com água lamacenta até os ombros e formaram uma corrente humana para puxar os barcos que levariam as pessoas para um local seguro, de acordo com imagens de vídeo compartilhadas pela rede de notícias local UOL.
Às 8 horas locais da manhã de domingo, o rio Quipa atingiu o nível recorde de 5,33 metros (17,5 pés), superando o nível observado durante a cheia histórica de 1941, quando o rio atingiu 4,76 metros.
“Repito: o desastre que estamos passando não tem precedentes”, disse o governador do estado, Eduardo Light, na manhã de domingo. Ele havia dito anteriormente que o estado “precisa reconstruir uma espécie de ‘Plano Marshall'”.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou ao Rio Grande do Sul no domingo, junto com o ministro da Defesa, José Museo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entre outros.
Durante a missa dominical no Vaticano, o Papa Francisco disse que rezaria pelo povo do estado. “Que Deus receba os mortos e conforte as suas famílias e aqueles que deixaram as suas casas”, disse ele.
A chuva que começou na segunda-feira deveria continuar até domingo. Em algumas áreas, como vales, encostas de montanhas e cidades, 300 milímetros (11,8 polegadas) de chuva caíram em menos de uma semana, informou a agência meteorológica nacional do Brasil na quinta-feira.
As fortes chuvas são o quarto desastre ambiental num ano, depois das cheias que mataram um total de 75 pessoas em Julho, Setembro e Novembro de 2023.
O clima em toda a América do Sul é afetado pelo fenômeno climático El Niño, um fenômeno climático natural que aquece as águas superficiais no Pacífico equatorial. No Brasil, o El Niño tem historicamente causado secas no norte e fortes chuvas no sul.
Este ano, os impactos do El Niño foram particularmente dramáticos com a seca histórica na Amazônia. Os cientistas dizem que as condições meteorológicas extremas estão a tornar-se mais frequentes devido às alterações climáticas causadas pelo homem.
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