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A tão esperada reforma tributária do Brasil superou um obstáculo significativo depois que a Câmara dos Deputados votou pela aprovação do projeto de lei.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou a aprovação da lei que descompacta a teia de impostos e taxas. Os esforços de reforma tributária têm iludido legisladores e autoridades por anos.
“Depois de décadas, aprovamos uma reforma tributária que parecia impossível. Valeu a pena lutar por ela”, disse Haddad.
A lei, que alteraria a constituição, agora enfrenta mais duas votações no Senado. Se totalmente aprovada, a reforma tributária marcaria uma importante vitória política para o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, que teve de lidar com uma legislatura dominada pela oposição desde que assumiu o cargo em janeiro.
Isso poderia adicionar 2,39% do PIB nos próximos oito anos, impulsionando o crescimento, de acordo com estimativas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
“O crescimento sustentável só pode acontecer com a reforma tributária”, disse o ministro do planejamento e orçamento Simone Debate. “Esta é a única bala de prata que temos.”
A maior economia da América Latina tem sido prejudicada pela complexidade e opacidade de seu regime tributário por décadas. Segundo o Banco Mundial, uma empresa de médio porte no Brasil gasta cerca de 1.500 horas preparando e pagando impostos. Em contraste, uma empresa americana leva 175 horas e uma equipe do Reino Unido leva 114 horas.
Nos últimos 34 anos, uma média de 37 regras tributárias foram alteradas todos os dias, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.
O projeto de lei perante o Congresso substituiria o imposto separado por dois impostos de valor agregado, um federal e outro local. Os contribuintes mudarão para as novas taxas entre 2026 e 2032. Espera-se que a taxa normal de IVA seja de cerca de 25 por cento.
A reforma também propõe acabar com o sistema de tributação no ponto de produção e passar para um modelo onde os impostos são cobrados no ponto de consumo durante um período de transição de 50 anos.
João Camargo, presidente do grupo empresarial Esfera, disse que a reforma “vai melhorar [Brazil’s credit] “Reduzindo a complexidade da avaliação e do sistema contabilístico e fiscal”, acrescentou, acrescentando que seria um grande passo em frente para o país.
Analistas políticos acreditam que o governo anterior de direita de Jair Bolsonaro preparou o terreno para aprovar a emenda atual. Os esforços de reforma tributária de governos anteriores foram alimentados por lobby político e interesses escusos arraigados, geralmente nos níveis estadual e municipal.
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