A Voltalia está apostando nos certificados internacionais de energia renovável (I-RECs) e nos mercados de crédito de carbono no Brasil.
Sua trading Voltalia Comercializadora vendeu recentemente cerca de 13.000 certificados internacionais de energia renovável (I-RECs) para a Magalu, a principal plataforma de comércio eletrônico do Brasil.
Os certificados são para a energia gerada em 2021 nos parques eólicos da Voltalia no estado do Rio Grande do Norte, onde está desenvolvendo o cluster Serra Branca, seu maior complexo eólico e solar com potencial que pode chegar a 2,4 GW.
O I-REC é um sistema padronizado internacional para emissão de certificados de energia renovável. Ao ter acesso a certificados sob a norma I-REC, as empresas podem declarar baixas emissões de gases de efeito estufa provenientes do consumo de energia. Cada certificado equivale a 1MWh gerado a partir de fonte renovável.
Ao todo, a Voltalia, com sede em Paris, emitiu mais de 4 milhões de I-RECs e mais de 1 milhão de I-RECs já estão garantidos para os próximos anos para clientes de vários setores.
“Nossas vendas aumentaram significativamente nos últimos anos. Com o zero líquido [carbon neutrality] tema em ascensão e um interesse genuíno de muitas empresas brasileiras em participar dessa transição, esperamos um aumento ainda maior nos próximos anos”, disse Amaury Neto, diretor de gestão de ativos da Voltalia, à BNamericas.
Enquanto isso, a empresa possui quatro complexos de geração de energia certificados para emissão de créditos de carbono.
“Vemos este mercado como complementar ao mercado I-REC para o cumprimento das metas propostas pelos países na COP 26 [global climate summit, held in 2021]”, disse Neto.
Um estímulo importante deve vir da decisão do banco de desenvolvimento BNDES de aprovar uma operação piloto para a aquisição de até 10 milhões de reais (cerca de US$ 2 milhões) em créditos de carbono, anunciada na semana passada.
As compras serão inicialmente destinadas a títulos predominantemente na área de REDD+ (redução de emissões por desmatamento e degradação florestal), reflorestamento e origem energética.
Com essa iniciativa, o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado voluntário de comercialização dos títulos, além de validar padrões de qualidade para realizar projetos de descarbonização da economia a partir deste ano.
Os créditos de carbono representam a não emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, contribuindo para a preservação do meio ambiente.
Em dezembro, a Voltalia tinha 748MW de potência instalada no Brasil, sendo 732MW de eólica, 4MW de solar e 12MW de potência híbrida, além de 506MW em construção (99,4MW de eólica e 407MW de solar).
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