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SÃO PAULO, 12 Set (Reuters) – A comissão eleitoral do Brasil disse nesta segunda-feira que não há acordo para os militares realizarem uma contagem paralela de votos durante a eleição de outubro, enquanto o presidente Jair Bolsonaro não tem planos de contar, disse uma fonte militar. Empurrado.
O presidente, um ex-chefe do Exército de extrema-direita, fez alegações infundadas de fraude eleitoral e pediu às Forças Armadas que conduzam sua contagem de votos, parte de uma campanha na qual os críticos alertam que ele se recusa a admitir a derrota. Atualmente, Bolsonaro está atrás de seu rival de esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nas pesquisas.
A postura de Bolsonaro desencadeou uma dança delicada entre o TSE e os militares, o árbitro final das eleições no Brasil, durante uma eleição cada vez mais tensa que será o teste mais difícil da jovem democracia brasileira desde o fim da ditadura militar de 1964-85.
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O pronunciamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veio após o jornal Folha de S.Paulo informar que técnicos militares marcaram visita a 385 assembleias de voto em todo o país e tiraram fotos das leituras finais das urnas. Unidade de Guerra Cibernética em Brasília para verificar resultados em tempo real.
A Folha anunciou que o plano vai “garantir com 95% de confiança” o resultado final do referendo, citando militares não identificados. O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, atualmente chefe do TSE, assinou um acordo com as Forças Armadas em 31 de agosto para permitir o acesso dos técnicos militares aos resultados, informou o jornal.
Um alto funcionário militar com conhecimento das negociações entre o TSE e as Forças Armadas também negou que os militares estivessem planejando uma contagem paralela, mas disse que verificaria as leituras finais das urnas eletrônicas.
“A ideia é verificar quantas urnas eletrônicas forem estatisticamente significativas e viáveis”, disse o funcionário, que pediu para não ser identificado por não estar autorizado a falar com a mídia.
O número final de urnas a serem verificadas será decidido em reunião entre Exército e TSE na terça-feira, disse a fonte.
Em seu comunicado de segunda-feira, o TSE afirmou: “Não há mudança no que foi definido no primeiro semestre, nem há acordo com as Forças Armadas ou órgãos de fiscalização para permitir acesso diferenciado em tempo real aos dados transmitidos para a completude de o processo eleitoral.”
Além disso, ecoando um alto funcionário militar que falou à Reuters, o TSE permite que qualquer pessoa visite as assembleias de voto e acesse as leituras finais gratuitas para fazer sua própria contagem.
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Reportagem de Peter Frontini e Gabriel Stargarder Escrita de Anthony Bodle Edição de Rosalpa O’Brien e Aurora Ellis
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