Polícia brasileira prendeu suspeitos de gangue de contrabando de ouro para a América e Europa

BRASÍLIA (Reuters) – A Polícia Federal do Brasil disse nesta quarta-feira que prendeu duas pessoas suspeitas de estarem envolvidas em um esquema de contrabando de ouro extraído ilegalmente em terras indígenas para os Estados Unidos e Europa.

A polícia cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em todo o Brasil como parte da operação, disse um comunicado oficial da polícia, sem dar mais detalhes.

Uma fonte policial disse à Reuters que agentes federais prenderam Brubeck Nascimento no norte do estado do Amazonas, enquanto o outro homem ainda não foi identificado.

O bilionário austríaco e naturalizado brasileiro Werner Rydl foi alvo de busca e apreensão, com as autoridades apreendendo barras de ouro no valor de 5,7 bilhões de reais (US$ 1,18 bilhão) de propriedade de Rydl, disse a fonte.

A operação começou com a apreensão de 35 kg de ouro no aeroporto de Manas, em janeiro de 2020, disseram fontes policiais. Dois nova-iorquinos e parceiros de negócios, Frank Gianuzzi e Steven Bellino e Nascimento, tentaram embarcar em um avião para Nova York com uma mala cheia de ouro.

Os cidadãos americanos são acionistas da Doromed Inc., com sede em Nova Iorque, que irá comercializar o metal. A fonte disse que o trio alegou que o ouro era resultado de joias derretidas e apresentou documentos falsos para comprovar sua origem.

No entanto, análises policiais mostraram que a verdadeira origem do ouro foi extraída ilegalmente na região de Tabajós, no Pará, norte do Brasil.

“A investigação revelou que a organização criminosa adquiriu ouro por meio de dragagem de terras indígenas e bacias hidrográficas e declarou fraudulentamente a extração de ouro por meio de licenças de mineração emitidas legalmente”, disse um comunicado oficial da polícia.

A Reuters tentou entrar em contato com todas as partes envolvidas na operação policial, mas não obteve resposta.

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