BRASÍLIA, 1 Fev (Reuters) – A eleição para a liderança do Congresso no Brasil acontece na quarta-feira, e ambas as casas devem reeleger líderes que estão preparados para trabalhar com o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, chave para seu governo de minoria no Legislativo. Agenda.
No Senado, porém, a votação pode chegar ao limite, com um aliado do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro enfrentando o atual presidente da Câmara, Rodrigo Pacheco.
A vitória frustrada de Rogério Marinho, membro do gabinete de Bolsonaro, seria um revés dramático para Lula e um sinal de força para a oposição de direita.
Bolsonaro, que não voltou da Flórida desde o fim de seu mandato em 1º de janeiro, falou por telefone em uma reunião de seu partido, o Partido Liberal (PL), de direita, na segunda-feira em apoio à campanha de Marinho à presidência do Senado.
O controle de ambas as casas pela oposição pode dificultar as prioridades de Lula, a começar pelos decretos temporários que ele assinou para estender o pagamento da previdência social às famílias pobres e reduzir os impostos sobre o combustível.
Ultimas atualizações
Veja mais 2 histórias
Pacheco ainda é o favorito para se tornar presidente do Senado, com seus aliados esperando que ele obtenha de 50 a 55 votos dos 81 senadores da casa. Arko Consulting Consultoria Política Vence por 45 a 48 votos.
Na Câmara, o presidente Arthur Lira, do Partido Popular (PP), de centro-direita, deve vencer facilmente, com apoio do Partido dos Trabalhadores de Lula e outros de sua coalizão de centro-esquerda, junto com alguns dos aliados de Bolsonaro.
O analista da Argo Consulting, Cristiano Noronha, estima que Lira será reeleito com entre 307 e 340 votos, precisando apenas do apoio de 257 dos 513 deputados.
O próprio Lira era aliado de Bolsonaro, mas reconheceu a estreita vitória eleitoral de Lula e o parabenizou, abrindo um diálogo construtivo durante a transição presidencial.
Toda a legislação deve passar pela mesa de Lira para começar no Congresso, incluindo os esforços de impeachment que os aliados de Bolsonaro já estão planejando.
A votação começa às 15h30 (18h30 GMT) no Senado e às 16h30 (1930 GMT) na Câmara dos Deputados.
Reportagem de Anthony Bodle e Maria Carolina Marcello; Edição por Chisu Nomiyama
Nossos padrões: Princípios de confiança da Thomson Reuters.
“Desbravador da internet irritantemente humilde. Fã do Twitter. Nerd da cerveja. Estudioso do bacon. Praticante do café.”
More Stories
Rio de Janeiro se prepara para o maior show de Madonna na praia de Copacabana
Pelo menos 56 pessoas morreram no Brasil devido a fortes chuvas e inundações
Inundações deixam o sul do Brasil de joelhos: milhares de deslocados no estado do Rio Grande do Sul