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Lula está pressionando por uma aliança Brasil-Indonésia-Congo se eleito

Lula está pressionando por uma aliança Brasil-Indonésia-Congo se eleito

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está concorrendo à reeleição.

Gallo Images/Getty Images

  • Uma nova aliança climática entre a Indonésia, a República Democrática do Congo e o Brasil pode estar em andamento.
  • A coalizão pressionará por resoluções para proteger as florestas e pressionar os países ricos a contribuir com o custo.
  • As florestas tropicais das bacias da Amazônia, Bornéu e Congo estão ameaçadas pela extração excessiva de madeira.
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Assessores do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva estiveram envolvidos na Indonésia e na República Democrática do Congo na ONU este ano. Nas negociações sobre o clima, se a esquerda ganhar um novo mandato, formará uma frente unida de países com mais florestas tropicais.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, ou COP27, será realizada em Sharm el-Sheikh, Egito, em novembro. Lula lidera as pesquisas de opinião antes das eleições de outubro no Brasil.

A ideia de Lula é criar uma coalizão – que mais tarde poderá ser expandida – para pressionar por resoluções que ajudem os países em desenvolvimento a proteger suas florestas e pressionar os países ricos a contribuir com o custo, disse o principal assessor de Lula.

Aloizio Mercadante, responsável pelo plano de campanha de Lula, disse que o grupo de políticas está particularmente focado nos detalhes do mercado global de carbono e nas formas de financiar a conservação e o desenvolvimento sustentável em áreas de floresta tropical.

“A proposta é estabelecer uma aliança estratégica para resolver a questão de financiamento na COP no Egito”, disse Mercadante à Reuters.

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Lula, em campanha em Manas na quarta-feira, prometeu intensificar a proteção do Brasil à floresta amazônica, aumentando a agência de proteção ambiental IPAMA e intensificando a fiscalização com a ajuda dos militares, quando o Brasil retornar à ONU. Voz mais alta nas negociações sobre o clima. é selecionado.

“Queremos uma ONU forte, com mais poder de decisão, principalmente na questão climática, caso contrário teremos conversas e ninguém vai obedecer”, disse Lula.

Sob o presidente de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que afrouxou as proteções ambientais, a extração ilegal de madeira e a mineração de ouro na Amazônia aumentaram o desmatamento, atraindo críticas internacionais ao seu governo.

As florestas tropicais dos vales da Amazônia, Bornéu e Congo estão ameaçadas pela extração excessiva de madeira, que afeta a biodiversidade e libera gases de efeito estufa que aceleram as mudanças climáticas.

Ao unir forças, os três países podem pressionar os países ricos a ajudar com os custos de manutenção das florestas, disse Mercadante.

A proposta contrasta fortemente com Bolsonaro, que se envolveu em esforços de defesa estrangeiros na Amazônia e desativou um fundo de bilhões de dólares da Amazônia apoiado pela Noruega e Alemanha depois de ter problemas com empresas relacionadas.

O Partido dos Trabalhadores de Lula foi eleito para a ONU em novembro. Ele criou um grupo de trabalho para se preparar para as negociações climáticas, incluindo propostas para um mercado global para o comércio de compensações de carbono, disse Mercadante.

Ele disse que os assessores de Lula fizeram contatos iniciais com os governos indonésio e da RDC. Uma reunião com um assessor do presidente congolês deve ser marcada nas próximas semanas.

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Dosi Mbanu-Mbanu, o principal negociador de mudanças climáticas da RDC, disse que a proposta, embora não seja nova, faz todo o sentido.

“Unir suas vozes trará mais peso diante dos países ocidentais dispostos a comprometer recursos para a proteção de suas florestas”, disse ele à Reuters.

Em 2012, os três países iniciaram as negociações iniciais para obter maior alavancagem nas negociações internacionais que visam dar valor real aos seus recursos florestais.

A iniciativa não foi bem recebida devido a diferenças políticas na Indonésia.

Mpanu-Mpanu disse que o desmatamento nos três países tem dinâmicas diferentes. No Brasil e na Indonésia, é em grande parte impulsionado por políticas agroindustriais agressivas, como pecuária e produção de óleo de palma, enquanto na RDC é em grande parte impulsionado pela pobreza, com extensas práticas agrícolas de corte e queima e necessidades de energia, disse ele.

A embaixada da Indonésia não respondeu a um pedido de comentário.

A aliança proposta pelo Mercadante acabaria por incluir outros países com significativa cobertura florestal tropical, como os vizinhos do Brasil na América do Sul e outros países em desenvolvimento na África e na Ásia.

Os trabalhistas apresentaram propostas nos últimos meses para incentivar uma transição econômica verde por meio de crédito aos agricultores, investimento em energia renovável e outros programas para criar empregos e melhorar a segurança.

Mas o partido quer apoio financeiro internacional.

Mercadante disse que é preciso acelerar a implementação do mercado global de carbono, que foi aprovado na COP do ano passado em Glasgow, mas ainda não está totalmente definido.

UN Essa foi uma das medidas que o economista Jeffrey Sachs, chefe da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável, discutiu com a Fundação Persue Abramo quando visitou o think tank do Partido Trabalhista em São Paulo há duas semanas.

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“É necessário financiamento global para proteger a Amazônia e a floresta tropical”, disse Sachs na época.