Dois anos depois o Brasil contava com um modelo híbrido Artrio A feira recebe o público em geral para sua 12ª edição no Rio de Janeiro, que abre com prévia na quarta-feira (14 de setembro) e segue até 18 de setembro. “Depois de dois anos de pandemia, é ótimo fazer isso pessoalmente e voltar ao mundo natural”, diz Brenda Valancy, cofundadora e presidente da Artrio. o Arte Jornal. “Depois de voltar da viagem, temos muitos colecionadores brasileiros e um grupo de mais de 40 colecionadores de outros países”
Segundo os organizadores, o número de galerias na edição deste ano é 20% maior do que na edição híbrida de 2021, com 62 galerias ocupando espaços internos e externos na principal marina da cidade para a feira desta semana. As galerias participantes estão divididas em dois pavilhões: Terra, para galerias mais consolidadas no mercado de arte contemporânea e moderna; e Mar (ou “Mar”), dedicado a novas galerias e salões privados.
“O Pavilhão Terra, como o Terra, é reservado para galerias mais estabelecidas, ‘no terreno’, enquanto o Pavilhão Mar, como o Mar, exibe obras mais flexíveis, mais jovens e mais livres”, explica Valancy.
Galeria de São Paulo Almeida & Dale Um dos figurinos tem um estande no Pavilhão Terra, que exibe 23 obras do pintor brasileiro Antonio Bandera (1922-1967). “Bandera completaria 100 anos este ano”, disse o sócio da galeria e diretor Carlos Dale. “Para comemorar, fizemos uma exposição individual de seu trabalho em São Paulo e queríamos mostrar seu trabalho no Rio.”
Dale observa que o Rio de Janeiro é uma cidade com tradição de colecionar obras de arte das décadas de 1950, 60 e 70, e Bandeira é muito procurada, com preços que variam de 1,5 milhão a R$ 5 milhões (US$ 286 mil a US$ 956 mil). Site coletor local. “As pessoas aqui estão acostumadas a seguir um artista como Bandera, e tivemos uma resposta maravilhosa”, diz Dale, “e sinto que vamos vender muitas de suas pinturas”.
Um dos destaques da mostra deste ano é o Projeto Solo, com curadoria do colecionador Ademar Brito e exibido no Pavilhão do Mar. Brito selecionou obras de jovens artistas de nove galerias diferentes. Os artistas, cada um com sua perspectiva, abordam questões que vão desde justiça social e desigualdade racial até as realidades da vida de grupos marginalizados que vivem à margem da sociedade brasileira.
Eliane Almeida, representado Nara Rosler Gallery, um desses jovens artistas. “É muita responsabilidade para mim dividir espaço com outros artistas que admiro da mesma geração”, disse Almeida, que mostrou seu trabalho no Armory Show, em Nova York, na semana passada. Não registrar, demoraBaseado em uma citação de Madre Stella de Auxozzi, uma sacerdotisa da religião brasileira Cantambale, ela se traduz aproximadamente como: “O que não é registrado, desaparece no tempo”.
Almeida diz que sua pesquisa revelou a falta de informações sobre a história dos afro-brasileiros e suas contribuições para a independência e o desenvolvimento do país. “Há muitos aspectos da independência do Brasil, mas só aprendemos a versão oficial”, diz. “Não temos conhecimento de outros movimentos que contribuíram para a liberdade do país.”
Almeida espera que a exposição ajude os visitantes a preencher algumas lacunas na história afro-brasileira. Ele acrescenta: “No passado, os negros no Brasil não tinham direito à autorrepresentação, e nossa identidade e nossa história foram destruídas”.
O trabalho de Almeida pareceu ressoar com os visitantes que visualizaram a exposição. De acordo com Nara Rosler, todas as suas pinturas na Artrio, variando de US$ 13.000 a US$ 17.000, foram vendidas nas primeiras horas da exposição.
Periscópio, galeria sediada em Belo Horizonte, participa da seção de projetos individuais da exposição, apresentando os trabalhos da versátil artista brasileira Luana Vitra. “Além de ser um evento com finalidade comercial, é também uma forma de apresentar jovens artistas ao mercado”, afirma Altivo Duarte, sócio do Periscope.
O trabalho de Vitra está atualmente em exibição no Reino Unido e na África do Sul, mas Duarte diz que a galeria queria que ele fosse mais conhecido também em seu país de origem. “A pandemia criou um vazio no mercado, não só para eventos como esse, mas para vendas, e agora sinto que as vendas para colecionadores particulares e corporativos estão voltando com muita demanda”, diz.
Desde sua primeira edição, em 2011, “a ArtRio se mantém fiel à sua missão de valorizar a arte brasileira e a produção dos artistas do país”, diz Valansi. “O Brasil consegue ser um país com uma produção artística tão rica e sofisticada que pode sediar uma exposição de arte sobre a arte brasileira.”
Neste verão, a SP-Arte, a maior feira do país, juntou-se à ArtRio com mais uma grande mostra voltada para o cenário nacional ao lançar as Rotas Brasileiras no mês passado. Mas a julgar pelo desempenho de abertura da Artrio, a demanda atual de colecionadores parece capaz de sustentar ambos.
- ArtrioAté 18 de setembro, Marina da Glória, Rio de Janeiro
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