Maio 3, 2024

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Brasil restaura metas climáticas difíceis enfraquecidas sob administração anterior

Brasil restaura metas climáticas difíceis enfraquecidas sob administração anterior

Uma vista aérea mostra uma área desmatada durante uma operação de combate ao desmatamento perto de Urura, estado do Pará, Brasil, em 21 de janeiro de 2023. Foto de Uslee Marcelino/REUTERS

RIO DE JANEIRO (AP) – O Brasil está restabelecendo fortes compromissos de gases de efeito estufa que fez em 2015 como parte do Acordo de Paris, que foi enfraquecido sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O anúncio foi feito na quinta-feira pelo Comitê de Mudanças Climáticas do país, um órgão conjunto de 18 ministérios do governo. “O Brasil é um ator fundamental para ajudar o planeta neste momento desafiador”, disse o vice-presidente Geraldo Alcmin durante reunião do grupo em Brasília.

A alteração será enviada oficialmente à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, o organismo internacional que trabalha para promover a acção global sobre as alterações climáticas. Monitoriza a contribuição ou o compromisso nacionalmente determinado de cada país para reduzir as emissões nacionais, de acordo com o Acordo de Paris.

Durante o mandato do presidente de extrema direita Bolsonaro, o Brasil reverteu duas vezes o seu cálculo de contribuição determinada nacionalmente.

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O enfraquecimento mais recente ocorreu em 2021 e a meta de aumento de emissões do Brasil para 73 milhões de toneladas métricas de CO2 em 2030 foi estimada pela Climate Watch, uma rede de vários grupos ambientais e sociais. A meta do Brasil no âmbito do Acordo de Paris é de 1,2 bilhão de toneladas métricas. de CO2.

Ao divulgar a sua própria análise na sexta-feira, o Instituto Talanoa, um grupo de reflexão focado na política climática, classificou a revisão como uma fase inicial, dizendo que são necessários compromissos ousados.

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A agência disse que o processo de metas de emissões deveria ser aberto a toda a comunidade, em oposição à chamada tomada de decisão a portas fechadas que ocorreu até agora. Isto permitiria ao Brasil estabelecer metas mais ambiciosas, o que não permitiria a recuperação das obrigações de 2015, argumentou.

De acordo com o Climate Watch, plataforma online gerenciada pelo World Resources Institute, o Brasil está entre os quintos maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa, sendo responsável por quase 3% das emissões globais.

Quase metade dessas emissões vem do desmatamento na floresta amazônica, que atingiu o maior nível em 15 anos durante a presidência de Bolsonaro. O ex-presidente desmantelou as agências ambientais do Brasil para ignorar os esforços de conservação em favor da expansão do agronegócio.

Numa reviravolta radical, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reduziu o desmatamento em 48% entre janeiro e agosto.

Esquerda:
Uma vista aérea mostra uma área desmatada durante uma operação de combate ao desmatamento perto de Urura, estado do Pará, Brasil, em 21 de janeiro de 2023. Foto de Uslee Marcelino/REUTERS