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Brasil planeja impor ‘taxa digital’ sobre exportações de empresas de comércio eletrônico – ministro

Brasil planeja impor ‘taxa digital’ sobre exportações de empresas de comércio eletrônico – ministro

SÃO PAULO, 20 Abr (Reuters) – O ministro das Finanças do Brasil disse nesta quinta-feira que o país implementará um “imposto digital” sobre as exportações de empresas de comércio eletrônico, recuando de uma decisão no início desta semana de tributar as exportações de pessoa para pessoa. Até $ 50.

“Vamos seguir o exemplo dos países desenvolvidos, um imposto digital”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a repórteres. “Os consumidores ficarão isentos de qualquer cobrança de impostos nas compras, que as empresas irão recolher sem nenhum custo adicional.”

A medida ocorre após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedir ao seu conselho econômico que não avance com uma decisão previamente planejada sobre isenções fiscais para encomendas internacionais de pessoas físicas.

Haddad não deu mais detalhes sobre a nova proposta.

Segundo fonte do Ministério das Finanças, a medida proposta não implica a criação de um novo imposto mas decorre de uma melhoria do sistema de cobrança. A fonte afirmou que o imposto em questão já existe e é recolhido eletronicamente antes da exportação da mercadoria.

“Não vamos criar ou aumentar impostos, vamos viabilizar a arrecadação eletrônica facilmente”, disse a fonte, falando sob condição de anonimato porque as discussões são privadas.

As exportações internacionais das empresas estão sujeitas à tributação de 60% em vigor.

Haddad já havia anunciado que o governo buscaria medidas administrativas e implementaria maior fiscalização para fechar uma brecha que vê gigantes asiáticos do comércio eletrônico se aproveitando de isenções fiscais enviando pedidos como se fossem pessoas físicas.

O AliExpress do Grupo Alibaba ( 9988.HK ), Shopee e Shein, de propriedade da Sea Ltd, foram vistos como os principais alvos da mudança.

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Haddad disse anteriormente que concordou com a proposta de imposto do AliExpress e do Shopee antes que o governo a modificasse. Na quinta-feira, a Sheen disse que planeja nacionalizar 85% de suas vendas no Brasil implementando a produção local, o que a empresa confirmou posteriormente.

Em comunicado, a Sheen disse que investirá 750 milhões de reais (US$ 148,85 milhões) no Brasil, em busca de parceria com 2.000 fabricantes no país, criando 100.000 empregos nos próximos três anos.

Relatório de Isabel Verciani; Por Gabriel Araújo; Edição de David Gregorio

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