Maio 8, 2024

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Brasil enviará tropas de volta à Amazônia para combater o desmatamento

BRASÍLIA, Brasil (AP) – O presidente Jair Bolzano assinou nesta segunda-feira um acordo para enviar soldados brasileiros à Amazônia com o objetivo de conter o aumento do desmatamento.

O despacho, publicado no Diário Oficial do país, prevê que até o final de agosto os jogadores tenham partido para o Pará, Amazonas, Matteo Grosso e Rondônia. Não forneceu detalhes sobre o número de soldados a serem usados ​​ou o custo operacional.

O vice-presidente Hamilton Morrow disse a repórteres no início deste mês que a terra poderia ser estendida para além de dois meses com o advento da estação seca, quando as pessoas queimam florestas para destruir terras.

O desmatamento na Amazônia tem aumentado há muitos anos, mas aumentou desde a eleição de Bolsanaro em 2018., Apelou repetidamente para o desenvolvimento de florestas tropicais. A devastação gerou protestos internacionais e, mais recentemente, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, instando o Bolsanaro a reprimir o registro ilegal..

Esta é a terceira vez que Bolzano envia tropas para a Amazônia, após dois desdobramentos da “Operação Brasil Verde”, a mais recente delas encerrada em abril. Milhares de soldados estiveram envolvidos em cada missão. Ainda assim, ambientalistas dizem O exército estava mal preparado e de baixa eficiência.

Segundo dados oficiais, até 2020, o desmatamento na Amazônia brasileira atingiu níveis não vistos desde 2008.

98,9% do desmatamento teve indícios de ilegalidade, realizado próximo a nascentes, em áreas protegidas ou sem a devida autorização, segundo dados divulgados neste mês por uma rede de organizações sem fins lucrativos, universidades e empresas de tecnologia que fazem levantamento do uso do solo brasileiro. O painel concluiu que o órgão regulador ambiental do Brasil impôs multas em 5% dos casos.

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Marcio Astrini, secretário executivo do Laboratório do Clima, uma rede de entidades ambientalistas sem fins lucrativos, chamou a recente implantação militar de uma “fumaça” que permitiria ao governo dizer que está combatendo o desmatamento. A iniciativa de sucesso anterior, em grande parte financiada pelos governos norueguês e alemão, foi suspensa desde 2019.

“O governo buscou uma série de medidas que simplesmente destroem a capacidade de vigilância do estado, como impedir as penalidades ambientais”, disse Astrini. Ele também disse que o regulador parou de destruir as máquinas usadas para registros ilegais.

O plano de Bolsanaro de enviar soldados está chegando aos Estados Unidos. A gestão clama pela prevenção do desmatamento na Amazônia para ajudar a prevenir as mudanças climáticas. Embora o país o tenha feito na virada do século, Bolzano disse que o Brasil não tinha recursos para fazê-lo por conta própria.

Os Estados Unidos deixaram claro que só estarão dispostos a contribuir quando o Brasil registrar avanços sólidos, dos quais ainda não há sinais. As negociações entre os Estados Unidos e o Ministério do Meio Ambiente do Brasil foram paralisadas, com três funcionários do governo brasileiro falando anonimamente à Associated Press por falta de autoridade para falar publicamente.

A decisão de enviar tropas é em parte uma prova das boas intenções do governo para os Estados Unidos, acrescentou um funcionário.

Em 23 de junho, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salas, anunciou sua renúncia. Ele renunciou ao cargo em meio a duras críticas à sua posse e duas investigações sobre suas ações em relação às atividades madeireiras ilegais. Ele negou todas as transgressões.