Parceria para ver resultados mais frutíferos e beneficiar os povos de ambos os países, diz o Alto Embaixador
O Brasil e a China adotaram um alto nível de parceria forte e ambos os lados demonstraram um forte compromisso em promover o comércio bilateral, a cooperação nos setores de aviação e alta tecnologia e responder às mudanças climáticas, disse o principal embaixador do país em Pequim.
O sucesso da visita de Estado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China no mês passado “definitivamente aponta para um nível ainda mais alto de forte parceria entre o Brasil e a China”, disse o embaixador do Brasil na China, Marcos Calvão, em entrevista recente.
A visita de Estado de quatro dias de Lula a levou a Xangai, onde visitou o Centro de Pesquisas da Huawei e assistiu à posse da nova chefe do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, e a Pequim, onde se encontrou com o presidente Xi Jinping.
Calvão disse que a visita do presidente brasileiro à Huawei “deixou seu país ciente do progresso extraordinário que a China fez nos setores digital e de comunicações”.
“Queremos avançar nessa frente usando novas tecnologias em áreas como educação, saúde e agricultura sustentável”, afirmou.
“A Huawei e outras empresas chinesas têm uma presença importante em nosso país. Elas são atraídas não apenas pelo tamanho e dinamismo do nosso mercado, mas também pelo marco regulatório aberto, transparente e imparcial para investimentos estrangeiros no Brasil.”
As empresas chinesas estão cada vez mais presentes no Brasil, incluindo investimentos significativos na expansão da infraestrutura de energia renovável e na produção de veículos elétricos, disse.
“Nossa parceria no verdadeiro desenvolvimento de uma economia sustentável verde terá muito mais resultados que mostrarão não apenas para nossos dois povos, mas para o resto do mundo.”
Os dois lados chegaram a um grande consenso sobre cooperação nos setores de aviação e alta tecnologia – foi assinado um protocolo para desenvolver uma nova geração de satélites que serão críticos no combate ao desmatamento ilegal e foram adotados acordos de cooperação contínua entre a agência espacial nacional da China. Administração e Agência Espacial Brasileira.
Outro destaque da cooperação bilateral durante a visita foi a resposta às mudanças climáticas.
“Ao emitir uma declaração conjunta separada sobre esse importante assunto, o presidente Lula e o presidente Xi reafirmaram seu compromisso de fazer deste um dos pilares de nossa parceria”, disse Calvão.
“Com esse objetivo, o Brasil e a China estabeleceram um canal bilateral formal para abordar questões ambientais e climáticas e, assim, trazer nosso diálogo ambiental – já em muitos – e cenários multilaterais – para nosso trabalho e parceria bilateral.”
O forte comércio entre os dois países é um pilar das relações bilaterais. A China é o maior mercado de exportação do Brasil. No ano passado, a China forneceu 22% de todas as importações de alimentos agrícolas do Brasil e é a maior fonte chinesa de soja, carne bovina, frango, celulose e algodão importados, e a segunda maior fonte de carne suína e milho importados. .
“Levamos muito a sério nosso papel na segurança alimentar da China e entendemos o que isso significa em termos de confiança mútua”, disse Galvão. “Nesta era do chamado near-shore e friend-shoring, o nosso é definitivamente o trust-shoring.
“Em suma, o Brasil é uma fonte confiável de produtos agrícolas de alta qualidade e a China sabe que pode contar conosco.”
O embaixador citou desdobramentos como um memorando de entendimento para facilitar ainda mais o comércio bilateral assinado entre os dois países durante a visita de Lula.
Diversificação de negócios
“Todos esses desenvolvimentos contribuirão para o crescimento e diversificação do comércio entre nossos dois países”, disse Galvão.
Em discurso no Novo Banco de Desenvolvimento, em Xangai, Lula pediu aos países que considerem a possibilidade de negociar em suas próprias moedas.
Pouco antes da chegada de Lula, os bancos centrais do Brasil e da China estabeleceram um mecanismo para permitir que empresas de ambos os lados paguem em suas respectivas moedas nacionais.
O Brasil já tem acordos com a Argentina e a União Européia para usar suas moedas em intercâmbios bilaterais, disse Calvão.
“É uma ferramenta adicional que as empresas brasileiras e chinesas podem usar para navegar no terreno cada vez mais complexo e às vezes acidentado da atual economia global”, disse ele.
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