Pelo menos 10 fornecedores privados de gás natural assinaram contratos com distribuidores estaduais no Brasil até agora, de acordo com uma pesquisa da BNamericas com base em dados públicos do regulador local de petróleo e gás ANP.
Historicamente, a estatal petrolífera Petrobras era a única fornecedora efetiva de combustível.
Um dos destaques é a PetroRecôncavo, que firmou contratos com Bahiagás, Cegás, Potigás e PBGás nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, respectivamente.
Três outras empresas brasileiras de médio porte têm contratos de fornecimento de gás em vigor: Origin Energia nos estados das Bahias e Alcazaba, e 3R Petroleum e Eagle Explorazo de Óleo e Gás com as Bahias.
Quatro grupos locais adquiriram campos de petróleo e gás da Petrobras nos últimos anos.
A canadense Alvopetro tem contrato de 15 anos com a Bahiagás válido até 2033, com base na produção do campo de Caburé, na bacia do Recôncavo.
A portuguesa Calpe assinou contratos com a Bahiagás, Cegás, Gasmig (Minas Gerais), Potigas e Sergás (Sergipe).
A anglo-holandesa Shell fornece gás para baianas e Cobargas (Pernambuco), enquanto a norueguesa Equinor fornece combustível para baianas.
Enquanto isso, a brasileira Compass Gás e Energia e a norte-americana New Fortress Energy (NFE) fecharam negócios envolvendo gás natural liquefeito (GNL).
A Compass abastecerá a Comgas por meio do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP). Ambas as empresas pertencem ao Grupo Gosan.
A NFE tem contratos com a SCGás (Santa Catarina), cujo abastecimento é feito pelo Terminal Gás Sul (TGS), com conclusão prevista para o final do ano, e a Copergás.
Neste último caso, o GNL é transportado de Ballinia, no estado de São Paulo, para Pernambuco, onde é reprocessado antes de ser entregue ao consumidor final.
Mas a Petrobras continua sendo o agente dominante do Brasil, com contratos com distribuidores de gás em todas as partes do país, incluindo os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Amazonas.
Espera-se que mais fornecedores de gás entrem no mercado brasileiro nos próximos anos como resultado da nova lei do gás e da redução da pegada da Petrobras, conforme exigido pela autoridade antitruste do Brasil, GATE.
Um exemplo é a Excelerate Energy, que arrenda o terminal de reprocessamento de GNL da Petrobras na Bahia (TRBA).
Enquanto isso, a Compus provavelmente assumirá uma posição dominante como controladora da Commit Gas (antiga Gaspetro), que detém participações em 18 distribuidoras de gás dutoviário que operam em vários estados brasileiros.
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