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Vendas no varejo brasileiro tiveram maior queda em cinco meses em novembro

Vendas no varejo brasileiro tiveram maior queda em cinco meses em novembro

SÃO PAULO, Jan. 11 (Reuters) – O volume de vendas no varejo no Brasil registrou sua maior queda em cinco meses em novembro, disse a agência de estatísticas do governo IBGE nesta quarta-feira, prejudicado pelo aumento do preço do combustível no ano passado e pelo fraco desempenho da Black Friday.

Vendas no varejo brasileiro caíram 0,6% em novembro ante outubro (BRRSL=ECI)O relatório do IBGE, divulgado pela Reuters, foi de queda mais profunda do que os 0,3% esperados pelos economistas e a leitura negativa desde julho.

Os dados mais recentes mostram que o consumo no Brasil está vacilando em meio à falta de crescimento do crédito, altas taxas de juros e aumento dos preços ao consumidor, disse o gerente de pesquisa Cristiano Santos em um comunicado.

“Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a subir após a onda deflacionária iniciada em julho do ano passado, que afetou os resultados das empresas”, disse Santos.

“O fraco desempenho durante a Black Friday contribuiu fortemente para a leitura negativa”, acrescentou, acrescentando que as vendas de equipamentos e suprimentos para escritório – que tendem a subir no período – caíram em novembro.

Anualmente (BRRSLY=ECI)As vendas no varejo na maior economia da América Latina subiram 1,5% em novembro, mas ficaram abaixo das expectativas do mercado de alta de 1,9%.

Isso significa que o setor está 3,6% abaixo do pico registrado em novembro de 2020, mas ainda 2,6% acima dos níveis pré-pandemia.

“As vendas no varejo estiveram voláteis recentemente, com desempenho fraco no terceiro trimestre, uma recuperação no início do quarto trimestre e uma reversão parcial dessa recuperação no relatório de vendas no varejo de hoje de novembro”, disseram economistas do JP Morgan.

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Andres Abadia, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para a América Latina, disse que notícias recentes sobre a extensão de isenções fiscais temporárias sobre combustíveis devem apoiar o setor muito em breve, apoiando sua perspectiva relativamente otimista para o primeiro trimestre em geral.

“Mas, devido ao efeito retardado de condições financeiras mais rígidas, o crescimento desacelerará sequencialmente à medida que o ano avança”, acrescentou Abadia.

Reportagem de Camila Moreira e Gabriel Araujo; Edição por Steven Gratton

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