Maio 18, 2024

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Os mercados privados maduros do Brasil atraem empresas de investimento dos EUA

Os mercados privados maduros do Brasil atraem empresas de investimento dos EUA

A indústria de private equity do Brasil está amadurecendo e atraindo gestores de ativos dos EUA que buscam expandir-se para novas regiões à medida que aumentam os riscos de investimento em outros mercados, como a China.

A empresa norte-americana Ares Management, que supervisiona principalmente 395 mil milhões de dólares em operações de dívida privada, formou recentemente uma parceria com a gestora brasileira de private equity Vinci Partners para comercializar novos fundos oferecidos por ambas as empresas. Como parte do acordo, Ares investiu US$ 100 milhões na Vinci, com sede no Rio de Janeiro.

“Conhecemos o Grupo Vinci há mais de uma década e estamos ansiosos para colaborar na distribuição, desenvolvimento de produtos e outras oportunidades de negócios em todo o Brasil e na América Latina”, disse o presidente-executivo da Ares, Michael Arroghetti, durante uma teleconferência com analistas. Acreditamos que os mercados latino-americanos estão nos estágios iniciais de transferência de capital para os mercados privados, particularmente para a dívida privada”.

Em outro acordo, o Grupo Claure, empresa de investimentos do ex-executivo sênior do Grupo SoftBank, Marcelo Claure, comprou uma participação na empresa de private equity eB Capital, com sede em São Paulo, disseram as empresas no mês passado. Claure ingressa na eB Capital como vice-presidente e sócia-gerente. Ele é o chefe latino-americano do fornecedor de vestuário voltado para a tecnologia Sheen Group e o diretor-gerente da Cycle Capital, uma empresa de investimento em crescimento recentemente criada.

O interesse dos investidores internacionais no Brasil, a maior economia da América Latina, variou nas últimas décadas, à medida que o país passou por ciclos de crescimento económico e recessão e teve governos de diferentes inclinações políticas enquanto lutava contra escândalos de corrupção. Muitos investidores estrangeiros abandonaram o país nos últimos anos, levando a uma escassez de capital que impulsionou os retornos potenciais para aqueles que permanecem, disse Ricardo Kanitz, sócio-gerente da Spectra Investments, uma empresa brasileira de mercados privados.

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Em dezembro passado, os fundos de investimento privado do Brasil acumulados de 1994 a 2022 geraram um retorno médio sobre o capital investido de 2,2 vezes, incluindo investimentos não realizados, e geraram uma taxa interna líquida média de retorno de 12,7%, Spectra e The. Instituto Insper de Ensino e Pesquisa, Universidade de São Paulo.

Um estudo publicado em Agosto concluiu que os fundos de private equity e de capital de risco combinados pagaram uma média de 0,84 vezes o capital de investimento aos seus investidores parceiros limitados em Dezembro passado.

O estudo Spectra-Insper foi feito em colaboração com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital.

Os resultados mostram que todo o setor de capital privado brasileiro já devolveu a mesma quantia de dinheiro que recebeu dos investidores até agora, um sinal de sua evolução positiva, disse Kanitz.

“Isso mostra que a indústria está amadurecendo”, disse ele.

Os gestores de fundos brasileiros apontam a proliferação de gestores de fundos de dívida e de situações especiais nos últimos anos como outro sinal de maturidade, juntamente com um mercado secundário em expansão para ações de private equity. Observam também o interesse de investimento por parte de famílias locais ricas e de indivíduos que adoptaram estratégias alternativas durante taxas de juro baixas.

O Brasil apresenta riscos e riscos potenciais para os investidores, especialmente aqueles que não estão familiarizados com o mercado local, disse Karyn Koiffman, sócia do escritório de advocacia Akerman que trabalha em fusões e aquisições e práticas de private equity. Koifman, especializado na América Latina, citou como exemplos a burocracia governamental, um sistema jurídico complexo e políticas fiscais caras no país.

“A burocracia dificultará a realização de negócios no Brasil”, disse ele.

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Mas ele apontou alguns desenvolvimentos encorajadores, como alterações fiscais pendentes de aprovação pelo Congresso Nacional do Brasil. “Acho que todo mundo estava esperando por isso”, disse ele.

As peculiaridades do cenário de investimentos do Brasil muitas vezes obrigam os gestores de ativos internacionais que desejam expandir-se para o país a se associarem a uma empresa local, como a Ares, disseram os gestores de fundos.

Outro obstáculo que afeta o investimento no Brasil é a flutuação dos valores cambiais. O real perdeu mais do dobro do seu valor em relação ao dólar na última década, minando os valores das propriedades locais.

Como resultado, o desempenho dos fundos de private equity no Brasil caiu significativamente na última década quando medido em dólares, com a proporção de fundos que geraram perdas subindo para 37% em dólares, contra 22% em termos reais, de acordo com um estudo. Estudo Spectra-Insper.

“A desvalorização cambial do Brasil assustou os investidores internacionais”, disse Andrea Minardi, pesquisadora sênior e professora de finanças do Insper.

Mas a oportunidade de comprar empresas a preços de banana e expandi-las a um ritmo mais rápido do que o crescimento económico global ajudará as empresas de capital privado a superar potenciais preocupações cambiais, disse Minardi. E as chances são altas, disse ele.

“Há muitas empresas que são negligenciadas”, disse ele.

Escreva para Luis Garcia em luis.garcia@wsj.com

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