BRASÍLIA, 29 Jun (Reuters) – O principal órgão de política econômica do Brasil, o Conselho Monetário Nacional (CMN), estabeleceu nesta quinta-feira sua meta de inflação para 2026 em 3%, revisando o prazo para cumprir a meta de inflação e confirmando as expectativas do mercado. Em ambas as extremidades.
Atualmente, o CMN estabelece metas anuais de inflação a serem cumpridas a cada ano civil.
Em entrevista coletiva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a partir de 2025 o modelo passará para um horizonte contínuo, o que na prática significaria um período de 24 meses para avaliar o cumprimento das metas.
O ministro disse que o presidente assinará o decreto nesse sentido para que a medida entre em vigor.
Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs, descreveu o novo prazo como muito longo, mas previu que os resultados do mercado seriam positivos, com expectativas de inflação ligeiramente melhores de 2024 a 2026, abrindo caminho para o banco central embarcar em um ciclo de flexibilização. .
Haddad disse anteriormente que é a favor de buscar metas de inflação em um período “contínuo”, argumentando que uma abordagem de longo prazo deixa mais espaço para acomodar choques de preços sem a necessidade de aperto monetário.
Atualmente, o banco central tem como meta a inflação de 3,25% em 2023 e 3% em 2024 e 2025, com tolerância de 1,5 ponto percentual acima ou abaixo mantida em 2026.
Isso se compara à inflação de 3,4% nos 12 meses até meados de junho, com economistas privados esperando inflação de 5,06% este ano, 3,98% em 2024, 3,80% em 2025 e 3,72% em 2026.
Mais cedo na quinta-feira, o presidente do banco central, Roberto Campos Neto, também disse que apoiava a mudança de prazo, chamando-a de “desenvolvimento interessante”.
Campos Neto argumentou que no passado o governo tomou medidas visando alinhar o índice de inflação oficial com as metas para um determinado ano-calendário, o que tem sido “ruim” e implica em ciclos monetários menos suaves.
O CMN é composto pelo Ministro da Fazenda, Ministro do Planejamento e Governador do Banco Central.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre criticou o banco central independente por manter as taxas de juros em 13,75%, apesar de um declínio acentuado da inflação. Ele pediu metas de inflação mais altas para facilitar a política monetária. Esses apelos, que ele não faz há meses, ajudaram a diminuir as expectativas de inflação.
Minutos após sua última decisão de política monetária, o banco central disse que a maioria das autoridades estava cautelosamente observando espaço para flexibilização monetária em agosto, caso surgisse um cenário de melhora para a inflação. Propósito
Reportagem de Marcela Ayres em Brasília Edição de Matthew Lewis e Diane Croft
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