Maio 18, 2024

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Lula faz sua primeira viagem internacional à Argentina para reconstruir pontes

Lula faz sua primeira viagem internacional à Argentina para reconstruir pontes

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O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua primeira viagem ao exterior na segunda-feira com um encontro em Buenos Aires com o presidente argentino Alberto Fernandez.

Brasileiro O chanceler Mauro Vieira disse antes da viagem Lula Ele esperava “reconstruir pontes” com a comunidade internacional após quatro anos sob seu antecessor de extrema-direita Jair Bolsonaroliderança populista de

Os dois líderes esquerdistas devem discutir a “integração do gás” bilateral estratégica e uma “moeda sul-americana comum” para os fluxos financeiros e comerciais. Argentina O presidente disse em um comunicado.

Lula, de 77 anos, chegou ao palácio presidencial Casa Rosada por volta das 11h com a esposa, Rosangela da Silva. Ele foi recebido por Fernandez e pela primeira-dama Fabiola Yanez.

O Brasil é o maior parceiro comercial da Argentina, segundo dados oficiais divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística INDEC.

O Brasil lidera as exportações da Argentina, respondendo por 14,3% e valendo US$ 12,7 bilhões em 2022.

Quase 20% das importações da Argentina vêm do Brasil, totalizando mais de US$ 16 bilhões no ano passado.

“A Argentina é um país muito importante em nossas relações diplomáticas”, disse à AFP Feliciano de Sá Guimarães, diretor de educação do Centro Brasileiro de Relações Diplomáticas.

Da mesma forma, o governo de Fernández é “muito dependente do Brasil”, principalmente em suas negociações com o Fundo Monetário Internacional, que deve US$ 44 bilhões à Argentina.

Após uma reunião bilateral com Fernández, Lula deveria se reunir com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no final da tarde.

No entanto, a reunião foi cancelada e Maduro cancelou sua viagem à Argentina, disseram fontes brasileiras à AFP.

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A esperada presença de Maduro na Argentina causou alvoroço, com organizações civis apresentando queixas contra o líder venezuelano por abusos dos direitos humanos e alguns políticos da oposição pedindo sua prisão na chegada.

‘Reconstruindo Pontes’

Na terça-feira, Lula participará da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

Seu antecessor, Bolsonaro, suspendeu a participação do Brasil na Celac, acusando o órgão de “ênfase em regimes antidemocráticos como Venezuela, Cuba e Nicarágua”.

Lula deve se encontrar com o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, em Buenos Aires, antes de viajar para Montevidéu na quarta-feira para conversar com o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou.

“O que faremos em Buenos Aires e Montevidéu, vamos conversar com nossos parceiros sobre a situação que herdamos e os possíveis caminhos que podem ser seguidos”, disse o chanceler brasileiro Vieira.

Um desafio enfrentado por Lula é a crise dentro do grupo comercial Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, sobre a decisão de Montevidéu de negociar um acordo bilateral de livre comércio com a China sem o consentimento de seus parceiros regionais.

Lula começa sua viagem à Argentina dois dias depois de demitir o chefe do Exército Júlio César de Arruda por falta de “confiança” após ataques a assentos do poder em Brasília por partidários de Bolsonaro no início deste mês.

Lula disse suspeitar que forças de segurança estivessem envolvidas nos distúrbios.

Bolsonaro, um ex-chefe do exército, prometeu acabar com a politização das forças armadas, reclamando que seus apoiadores conseguiram preencher o exército.

“As Forças Armadas não servem a um político… elas existem para garantir a soberania de um país”, disse Lula em entrevista coletiva em Buenos Aires.

“Agora temos uma grande responsabilidade: o país deve voltar ao normal e as Forças Armadas devem voltar ao normal.”

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Quanto a Arruda, Lula disse: “Escolhi um comandante militar e não deu certo, então tive que escolher outro”.

(AFP)