Maio 5, 2024

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BHP Brasil revisará cobranças de US$ 9,7 bilhões por rompimento de barragem

BHP Brasil revisará cobranças de US$ 9,7 bilhões por rompimento de barragem

A barragem de Fundão, de propriedade da JV Samarco entre BHP e Vale, rompeu em novembro de 2015. Descarrega 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeitos Na Bacia do Rio Dos. Foi o pior desastre ambiental do Brasil, resultando em 19 mortes.

A BHP afirmou que a decisão desta semana foi interlocutória, ou seja, não resolveu todas as questões do caso, pois tratou apenas de danos morais coletivos decorrentes do acidente fatal.

Observou que irá analisar as implicações da decisão, a possibilidade de recurso e o impacto potencial na sua decisão do rompimento da barragem.

A BHP disse em seu relatório anual de 2023 que destinou US$ 3,7 bilhões para cobrir questões relacionadas ao acidente perto de Mariana, em Minas Gerais.

As partes envolvidas no caso estão em negociações para liquidar as obrigações de um acordo-quadro a partir de 2021, com o calendário de negociações previsto para ser retomado no próximo mês.

A notícia chega apenas dois meses depois de um tribunal britânico ter rejeitado o recurso da Vale contra ser incluída num processo no valor de pelo menos 46 mil milhões de dólares contra a Vale, Samarco e BHP devido ao mesmo desastre na barragem.

O Tribunal de Apelação recusou permissão para o mineiro brasileiro apelar da rejeição do tribunal inglês à sua contestação de jurisdição.

Isto significa que se os requerentes conseguirem responsabilizar a BHP pelas suas perdas, a reclamação de terceiros continuará e a gigante mineira australiana procurará responsabilizar a Vale por 50% ou mais de quaisquer danos concedidos aos requerentes.

O caso foi a maior ação coletiva da história jurídica inglesa e envolveu mais de 700.000 vítimas.