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BRASÍLIA, 26 de setembro (Reuters) – O Banco Central do Brasil disse nesta segunda-feira que estabelecerá um teto de 0,7% nas taxas de transação para cartões pré-pagos oferecidos por fintechs em contas digitais gratuitas, um revés para um setor em crescimento na maior economia da América Latina. .
O banco central liberou a questão para consulta pública no ano passado, mas sua proposta sugeria uma alíquota máxima de 0,5% para cartões de débito e pré-pagos, o que seria ainda mais prejudicial para as fintechs.
Os encargos das transações com cartões de débito dos bancos, atualmente sujeitos a um cálculo médio ponderado composto de 0,5% e um valor máximo de 0,8% por transação, agora serão limitados a 0,5% por transação.
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Uma taxa de transação é uma taxa que um comerciante paga ao banco emissor do cartão toda vez que um consumidor passa seu cartão.
As mudanças entrarão em vigor a partir de abril de 2023 e também padronizarão o período de liquidação para transações com cartões de débito e pré-pagos.
De acordo com o banco central, as mudanças “aumentarão a eficiência do ecossistema de pagamentos, incentivarão o uso de ferramentas de pagamento mais baratas e reduzirão os custos para as lojas aceitarem esses cartões”.
Os bancos pressionaram o regulador para estabelecer um teto para as taxas de transação de cartões pré-pagos, alegando que deveria haver maior igualdade de tratamento.
Atualmente, não há teto para as tarifas dos cartões pré-pagos, que normalmente são mais altas do que as cobradas nas transações com cartões de débito, representando uma importante fonte de receita para as fintechs.
Um estudo publicado este ano pela Associação Zetta, que representa empresas como Nubank e Mercado Pago, estimou que se o teto de 0,6% estivesse em vigor em 2021, os clientes de fintech teriam pago um adicional de 24 bilhões de reais (US$ 4,51 bilhões) em taxas de serviço . .
No ano até 30 de junho, as taxas de transação de cartões pré-pagos representaram 7% de sua receita, disse o Nubank em comunicado. A empresa disse que sua receita teria sofrido um impacto de 2,9% se as mudanças tivessem entrado em vigor.
(US$ 1 = 5,3165 reais)
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Reportagem de Isabel Verciani e Marcela Ayers; Edição por Steven Gratton e Jason Neely
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