As exportações de diesel da Rússia para o Brasil, Turquia e África atingiram novos recordes

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Este conteúdo foi produzido na Rússia, onde a legislação restringe a cobertura das operações militares russas na Ucrânia

MOSCOU, 27 Mar (Reuters) – As exportações de diesel e gasolina da Rússia para o Brasil, Turquia e África atingiram novos recordes em março, mostraram traders e dados da Refinitiv, à medida que os traders foram empurrados para novos mercados após uma proibição da UE aos produtos petrolíferos russos.

Uma proibição total da UE aos derivados de petróleo da Rússia entrou em vigor em 5 de fevereiro, enviando cargas de diesel russo para a África, Ásia, Oriente Médio e carregamentos de navio para navio (STS) em vez da Europa.

De acordo com dados da Refinitiv, as exportações de diesel e gasolina para a Turquia dos portos russos do Báltico e do Mar Negro já ultrapassaram 1,2 milhão de toneladas em março, ante 0,8 milhão de toneladas registradas no mês anterior.

Os portos russos do Báltico embarcaram pelo menos 300.000 toneladas de diesel para o Brasil este mês, ante 205.000 toneladas em todo o mês de fevereiro, mostram os números.

A Rússia também aumentou o fornecimento de diesel para os países africanos, disseram fontes do mercado.

“A África obviamente receberá uma quantidade significativa (do diesel russo)”, disse um trader.

De acordo com dados da Refinitiv de março, cerca de 200.000 toneladas de diesel foram embarcadas de portos controlados pela Rússia para a Líbia, cerca de 165.000 toneladas para a Argélia e 100.000 toneladas para a Tunísia. Outros destinatários incluem Nigéria, Gana, Senegal e Marrocos.

Cerca de 200.000 toneladas de diesel de portos russos devem chegar a Fujairah, nos Emirados Árabes Unidos, este mês, segundo dados.

A Rússia embarcou pelo menos 450.000 toneladas de diesel para a Arábia Saudita no mês passado, algumas via STS perto do porto de Kalamata – nenhuma carga desse tipo foi registrada nesta rota até agora em março.

Registros de cerca de 0,7 milhão de toneladas de diesel carregados nos portos russos do Mar Negro e Báltico em março não forneceram um destino específico, de acordo com dados da Refinitiv. (Reportagem da Reuters; Edição de Andrew Havens)