Por Caterina Demoni e Andrew Gray
(Reuters) – O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quarta-feira que enviará um contra-plano a um acordo comercial de longa data com o bloco sul-americano Mercosul para a União Europeia nas próximas duas a três semanas.
Falando após dois dias de cúpula UE-CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) em Bruxelas, Lula respondeu que o Brasil agora está sendo discutido pelo grupo do Mercosul, que inclui Argentina, Paraguai e Uruguai. .
“Dentro de duas ou três semanas apresentaremos um plano concreto à UE”, disse Lula a repórteres, acrescentando que acredita que a UE “facilmente” concordará com ele.
A UE e o bloco do Mercosul concluíram as negociações em 2019, mas o acordo foi suspenso devido a preocupações com o desmatamento da Amazônia e o compromisso do Brasil com a ação contra as mudanças climáticas.
Eleito no ano passado, Lula se comprometeu a reformular a política climática de seu país.
A Comissão propôs anexar um anexo ao acordo para mostrar os compromissos sobre desmatamento e outras questões de sustentabilidade e aguarda a resposta do Mercosul.
Em Bruxelas, Lula disse estar “pela primeira vez” otimista de que as duas partes concluam um acordo ainda este ano.
Embora a cúpula UE-CELAC tenha marcado uma nova era de maior cooperação política e econômica entre os líderes europeus, latino-americanos e caribenhos, a reunião foi obscurecida pelo debate sobre como combater a guerra da Rússia na Ucrânia.
O líder brasileiro irritou o Ocidente no início deste ano, quando sugeriu que o Ocidente estava “encorajando” a guerra ao armar a Ucrânia.
Lula disse que os países precisam “convencer a Rússia e a Ucrânia de que a paz é o caminho certo”.
(Reportagem de Caterina Demoni e Andrew Gray, Roteiro de Indi Landaro, Edição de Emma Pinedo e Bernadette Baum)
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