BRASÍLIA, 18 de julho (Reuters) – O governo do Brasil está considerando mudanças nos impostos sobre fundos fechados e pagamentos a acionistas no orçamento do próximo ano para aumentar as receitas, disseram três altos funcionários econômicos com conhecimento direto do assunto.
O governo sinalizou na terça-feira que proporia uma reforma abrangente do imposto de renda somente depois que o Senado aprovou uma reforma do imposto sobre o consumo para a Câmara dos Deputados neste mês.
No entanto, as fontes, que pediram anonimato para discutir as discussões internas, disseram que o Ministério das Finanças agora pretende descartar as principais medidas de arrecadação de receita como uma forma inicial de zerar o déficit orçamentário primário do Brasil até 2024.
Entre as medidas estão um novo modelo de tributação dos fundos fechados, mudanças na alíquota do Imposto de Renda Federal (CSLL) sobre os créditos tributários estaduais e o fim dos juros sobre o capital próprio (JCP) que permitirão às empresas descontar da remuneração dos acionistas obrigações tributárias corporativas. .
O governo vê essas medidas como cruciais para aumentar a receita e cumprir as novas regras fiscais do orçamento do próximo ano, que deve ser enviado aos parlamentares até o final de agosto.
O Ministério das Finanças se recusou a comentar.
Fontes disseram que a reforma mais complexa e estrutural, que inclui isenções de imposto de renda, imposto sobre lucros e dividendos e cortes nos impostos sobre a folha de pagamento, será entregue depois que a reforma do imposto sobre o consumo for aprovada no Senado.
“Quando for enviada a proposta de orçamento, devem ser enviadas também as medidas de receitas para atingir as metas e algumas dessas medidas já vão constar da proposta”, disse uma das fontes. “A ideia é que isso seja discutido ao longo do segundo semestre.”
Fundos fechados oferecem oportunidades lucrativas de investimento para brasileiros ricos. Os governos anteriores tentaram, sem sucesso, mudar essa regra e eliminar os pagamentos de “juros sobre capital próprio” aos acionistas usados pelas empresas para reduzir o lucro tributável.
Reportagem de Marcela Ayres e Bernardo Garum em Brasília, de Brad Haynes, Matthew Lewis e Richard Chang.
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