BRASÍLIA, 22 Mai (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja abordar as críticas à meta anterior de seu antecessor de extrema-direita, Jair Bolsonaro, e comprometer o Brasil a cumprir uma meta mais ambiciosa de mudança climática este ano, disseram duas fontes à Reuters.
Em 2021, em meio à indignação global com a gestão leve de Bolsonaro na floresta amazônica, seu governo prometeu reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 50% até 2030, acima da promessa anterior de 43%.
Mas o governo de Bolsonaro usou uma linha de base mais alta de 2005 – o que tornou mais fácil para o Brasil cumprir sua meta em comparação com uma promessa anterior e foi amplamente criticado por ambientalistas.
O grupo de lobby brasileiro Observatório do Clima calculou que a meta de Bolsonaro permitiria 400 milhões de toneladas adicionais de emissões de gases de efeito estufa em comparação com a meta anterior.
Para resolver essas questões, o governo esquerdista de Lula quer manter o corte de 50%, mas consertar o problema com a base, disseram duas fontes à Reuters. Ambos falaram sob condição de anonimato porque a mudança ainda não é pública.
O objetivo é entregar uma meta revisada conhecida como “contribuição determinada nacionalmente” sob o Acordo de Paris de 2015 sobre mudanças climáticas ainda este ano. Após a mudança, a meta será “muito ambiciosa”, disse uma fonte.
O governo está explorando maneiras de amenizar a meta, incluindo liberar o número exato de emissões de gases de efeito estufa que o país deseja reduzir, acrescentou a fonte.
Nem o Ministério do Meio Ambiente do Brasil nem o representante de Bolsonaro responderam aos pedidos de comentários.
Lula assumiu o cargo em 1º de janeiro com a promessa de restaurar o Brasil como líder global em mudanças climáticas. Bolsonaro nomeou céticos climáticos para posições-chave e presidiu o auge do desmatamento da Amazônia, a maior fonte de emissões de gases de efeito estufa do Brasil.
Reportagem de Jake Spring; Edição por John Stonestreet
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