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No Brasil, cidade natal de Vinícius compartilha sua dor 25/05/2023

No Brasil, cidade natal de Vinícius compartilha sua dor 25/05/2023

Eu faço uma pausa no treinamento sob um pôster gigante Vinícius JrNo mesmo campo onde o craque do Real Madrid estreou profissionalmente, Pierre Amaro Ricardo Há uma palavra para o racismo que sua estátua carrega.

“É desumano”, diz o jovem brasileiro de 18 anos.

Como todos os garotos que correm atrás da bola no retângulo de grama verde da academia de juniores do Flamengo, em São Gonçalo, cidade pobre do interior do Rio de Janeiro, Ricardo sonha em seguir a mesma trajetória meteórica de Vinicius, que começou aqui antes de assinar com o Real. Madri aos 16.

Mas o jovem meio-campista teme que jogadores negros como ele só enfrentem o mesmo tratamento que recebeu em Valência no domingo, onde o astro de 22 anos foi alvo de gritos de “macaco” nas arquibancadas – o último de uma série. ataques racistas contra ele.

“Está piorando”, disse Ricardo, que joga nas categorias de base do Flamengo, o clube mais popular do Brasil. “Algumas pessoas acham que é normal. Somos julgados pela cor da nossa pele. Desde pequeno, minha mãe sempre me dizia: ‘Os negros deveriam ser duas vezes melhores'”, disse à AFP. “Isso mesmo. Eu vou subir de qualquer maneira.”

Os funcionários da escola de juniores, Escola Flamenco, falam de sua dor com o tratamento de Vinícius, lembrando-se dele como um menino doce e um aluno modelo que conquistou o coração de todos.

“Ele era um cara sensacional, muito respeitoso e dedicado. Era nosso destaque dentro e fora de campo”, diz. Monique Monteiro32, trabalha na recepção da academia.

Ela fala com admiração da fuga de “Vini” da pobreza infantil e das ruas difíceis de São Gonçalo, uma cidade da classe trabalhadora do outro lado da baía do Rio, para o auge do futebol profissional.

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“Não foi fácil para ele. Ele fez tudo com seu próprio suor… e com o apoio de sua família”, disse à AFP. “Para alguém como eu, que viu toda a sua vida, o que ele passou para chegar onde está, é tão triste. É tão irritante vê-lo sofrer assim.”

‘Nosso apoio e solidariedade.’ O jogador, cujo nome completo é Vinicius José Paixão de Oliveira Junior, cresceu em uma casinha no final de uma rua sem saída no bairro pobre de São Concalo, de frente para a BR-101.

Mesmo depois de se tornar uma das maiores estrelas do mundo, ele mantém uma forte ligação com sua cidade natal.

Sua família ainda mora na mesma casa – agora ampliada e luxuosamente reformada – no final de uma rua degradada com um mural de Vinícius com a camisa da Seleção Brasileira, sonhando em vencer a Copa do Mundo.

Os moradores dizem que o jogador retribuiu extensivamente à sua comunidade por meio de seu Instituto Vini Junior, uma instituição de caridade que ajuda crianças a se saírem bem na escola, com programas inovadores que alimentam a paixão nacional dos brasileiros por futebol e tecnologia.

O governo da cidade postou uma mensagem nas mídias sociais para o herói de sua cidade natal.

“São Gonçalo e o Brasil estão orgulhosos de você”, dizia. “Todo nosso apoio e solidariedade a vocês.”

Uma enxurrada de brasileiros do presidente Luís Inácio Lula da SilvaUm ícone da música Gilberto Gil e outras estrelas da seleção nacional Neymar E Richardson Eles também enviaram seu apoio.

No centro de São Gonçalo, os moradores se animam ao falar sobre seu desgosto em um episódio recente.

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“Chamar um menino de macaco é um absurdo. Isso desafia a lógica”, diz o homem de 62 anos. Márcia Maria da CostaVendas de equipamentos de futebol em um mercado de rua local, onde os vendedores dizem que as camisas de Vinicius estão em alta.

operador de telemarketing Victor Gabriel FerreiraCrescendo no bairro de Vinícius, ele expressou indignação com as calúnias racistas que o cercavam.

“O Brasil e o mundo não podem tolerar que um negro da favela se torne um dos melhores jogadores do mundo”, disse.
“Esse é ele.”

jhb/pb/nro/smw

© Agence France-Presse