SÃO PAULO (Reuters) – O juiz da Suprema Corte do Brasil pediu nesta terça-feira a um mediador estatal que reconsiderasse um pedido para conceder formalmente à concessionária de energia Eletropras direitos de voto proporcionais à sua participação.
O pedido marca a mais recente reviravolta na disputa sobre quanto poder o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria exercer sobre a empresa de energia.
O juiz Nunes Márquez, principal figura do Supremo Tribunal Federal no caso, decidiu em decisão por escrito publicada no site do tribunal que a Eletrobras e o governo têm 90 dias para encontrar um “solução amigável”.
O governo brasileiro detém atualmente 43% das ações ordinárias da Eletrobras, que foi privatizada no ano passado. Mas devido à lei que regulamenta as privatizações, só pode exercer direitos de voto na tomada de decisões corporativas, não excedendo 10%.
A regra aplica-se apenas aos acionistas que detinham grandes participações antes da privatização.
Em maio, o governo solicitou ao Supremo Tribunal que concedesse direitos de voto proporcionais à sua participação na Eletrobras num pedido legal apresentado pelo seu procurador-geral.
Nessa altura, o governo teria uma voz muito maior nos votos dos acionistas se a empresa aceitasse o pedido, que alertou que poderia distorcer as “decisões de investimento do mercado”.
Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República comprometeu-se a “fazer todos os esforços para resolver o impasse dentro do prazo”.
A Eletrobras não respondeu imediatamente a um pedido de comentário fora do horário comercial normal.
(Reportagem de Andre Romani; Edição de David Alire Garcia; Edição de Michael Perry)
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