Todos os dias, ao amanhecer, Manoel Rebouças lança ao mar seu pequeno barco a motor a partir de Copacabana, uma lembrança da centenária comunidade de pescadores estabelecida aqui muito antes de se tornar a praia mais famosa do Rio de Janeiro.
Mas hoje em dia Rebouças e seus colegas lutam para sustentar seus meios de subsistência, já que a pesca industrial e o interesse dos jovens diminuem.
Depois de percorrer alguns quilómetros e esquadrinhar o horizonte, Repukas desliga o motor e começa a recolher a rede que armou na véspera, onde são apanhadas várias corvinas e anchovas.
“Os baixios diminuíram tanto que não vêm como antes”, lamenta Reboukas, 63 anos, presidente do Grupo de Pescadores Z13 Copacabana, fundado em 1923.
Reboukas diz que práticas de pesca insustentáveis tanto de pescadores artesanais quanto de arrastões comerciais, combinadas com a dificuldade de atrair jovens – ameaçam a indústria –, mas não seu filho Manasi, 34.
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Mesmo quando a pesca é ruim, “a sensação de estar aqui se renova”, diz.
No barco, o som do Rio é um murmúrio distante, as montanhas ao redor pintam um amplo cartão postal.
Mas Manoyal e Manasi não estão ali para apreciar a vista deslumbrante.
“Precisamos desembarcar o peixe rapidamente para os clientes que compram para o almoço”, explica Manoel.
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Na praia, descarregam uma caixa com vários quilos de peixe fresco e vendem na sede da Z13, onde trabalham cerca de 50 pescadores.
Mauricio Thompson, instrutor de remo que trabalha na praia, é um cliente regular.
“Sabemos que eles vão sair cedo e apresentar algo novo, algo bom. Você já está comprometido com a qualidade”, disse Thompson.
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O atum, a tilápia, o polvo e o mexilhão da peixaria também são vendidos no site, que se orgulha de oferecer “os melhores restaurantes” da cidade.
Os pescadores da Z13, cerca de 500 no total, há muito tempo trabalham nos 36 quilômetros (22 milhas) da costa ao redor do Rio, estabelecidos há mais de 130 anos.
“Quando Copacabana foi criada, os pescadores já estavam aqui”, diz Rebucas.
Além da presença de grandes barcos pesqueiros industriais, a pesca artesanal é afetada pelos resíduos da cidade e pela exploração de petróleo na região, diz Laura Matos, socióloga da ONG Núcleo Canovas.
Juntamente com um grupo de pescadores, o grupo coordena um curso de formação de novos pescadores, que faz parte de um acordo de compensação assinado entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e a petroleira americana Chevron (cuja participação foi posteriormente adquirida pela petroleira brasileira PRIO ) em um mar na costa do estado do Rio em 2011 e 2012. Depois que o campo derramou mais de 3.000 barris de petróleo bruto.
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O objetivo é manter vivo um comércio que contribua – em vez de prejudicar – a proteção ambiental.
O conhecimento dos pescadores “considera os ciclos da vida marinha, a manutenção da biodiversidade e a garantia de recursos para a próxima geração”, explica Mattos.
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Os primeiros 20 alunos do programa passarão este mês.
Entre eles está Isabeli Albuquerque, de 19 anos, que habilmente costura uma rede de pesca, evitando que ela se enrole em suas unhas compridas e bem cuidadas.
“Se não for costurado, o peixe vai escapar”, explica.
Gilmer Ferreira, 39 anos, tenta oficializar o que sempre fez na informalidade.
“Meu pai é pescador e pescamos desde a infância, eu e meu irmão. Tivemos a oportunidade de fazer um curso para tirar a carteira de pescador e estamos fazendo isso”, conta.
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