Abril 25, 2024

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Infracommerce do Brasil dobrará capex e fará novas aquisições na América Latina

Infracommerce do Brasil dobrará capex e fará novas aquisições na América Latina

Afirmando ser a maior plataforma de comércio eletrônico de marca branca da América Latina, a Infracomércio pretende dobrar seu capex este ano e fazer pelo menos mais uma aquisição na região no curto prazo, disse o diretor de relações com investidores, internacionalização e crescimento, Fábio Bortolotti, à BNamericas.

A empresa, que se posiciona como uma plataforma de comércio eletrônico one-stop-shop para empresas, oferecendo desenvolvimento de sistemas de vendas online, soluções de pagamento e serviço delivery, fez sua maior aquisiçãoem setembro passado, comprando a rival Synapcom por 1,2 bilhão de reais (US$ 247 milhões).

Esse acordo ocorreu quatro meses depois que a Infracommerce levantou 870 milhões de reais em um IPO na bolsa de valores B3 do Brasil. A Synapcom tinha operações em diferentes países, o que aumentou a base de clientes regionais da Infracommerce e a presença em sete mercados.

De acordo com Bortolotti, a próxima aquisição visará igualmente uma plataforma regional multi-países. A expectativa é que o acordo seja anunciado em breve.

A Infracommerce registrou um volume bruto de mercadorias (GMV) de R$ 7 bilhões em suas plataformas no ano passado. GMV gA receita para este ano é de R$ 13 bilhões, sendo R$ 3 bilhões de empresas adquiridas, e cerca de R$ 1 bilhão em receita líquida.

Em 2021, a receita líquida cresceu 79% em relação a 2020, para 423 milhões de reais.

A Infracommerce investiu 77 milhões de reais em 2021, um aumento de 80,6% ano a ano, e a meta é aumentar o valor para pelo menos 154 milhões de reais, com foco no desenvolvimento de plataformas, omnichannel e expansão regional, disse Bortolotti.

Na declaração de resultados financeiros, o CEO Kai Philipp Schoppen disse que a América Latina tem um potencial de crescimento de curto e médio prazo para o comércio eletrônico direto ao consumidor ainda maior que o do Brasil.

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“As marcas, em tempos de crise, aceleram o canal direto ao consumidor e a digitalização, o que contribui para um fluxo maior no próprio e-commerce em relação aos marketplaces”, disse Schoppen.

Ainda, segundo Schoppen, o ajuste de avaliações nos mercados público e privado apresenta oportunidades para M&A e parcerias estratégicas. Em 2021, o grupo completou cinco M&As.

CONCORRÊNCIA

Após suas recentes aquisições, a Infracommerce chegou a 13 centros de distribuição e 18 dark stores (pequenos armazéns) no Brasil. Devido à sobreposição geográfica, alguns desses centros serão desativados, consolidando o total da empresa para cerca de 10, disse Bortolotti.

É aproximadamente o mesmo número de centros que os gigantes do mercado MercadoLivre e Amazon têm no Brasil, de acordo com Bortolotti.

A Infracommerce disse que se concentra em empresas de médio a grande porte que, por diferentes razões, preferem não colocar seus produtos – e encomendar sua logística para – mercados como Amazon e MercadoLibre.

Entre essas empresas estão Giorgio Armani e Nike, ou Samsung, Motorola, Unilever e Ambev. A Infracommerce tinha 520 clientes no final de 2021 – cerca de 100 na América Latina (excluindo o Brasil), segundo Bortolotti.

Direta ou indiretamente, o grupo concorre com desenvolvedores de soluções de e-commerce como Vtex e Magentobem como, em certas bases, com gigantes do mercado MercadoLivre, Amazon e Magazine Luiza, entre outros, além de operadores logísticos.

Esta semana, o MercadoLivre anunciou um investimento de R$ 17 bilhões para o Brasil em 2022, a maior parte para seu segmento de serviços financeiros e para dobrar sua capacidade logística local.

O Infracommerce não está preocupado com a mudança, disse Bortolotti, já que a concorrência com o Mercado Livre é estreita e não direta.

“Os mercados são bons. Só que nem todas as marcas e produtos estarão lá. Devido às diferentes propostas de negócios, muitas empresas preferem vender por conta própria; cada vez mais, aliás. E é aqui que entramos.”

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