RIO DE JANEIRO, 12 de novembro (Reuters) – O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, disse na sexta-feira que os mercados estão subestimando o potencial de crescimento do país e que a economia deve crescer mais de 5% este ano e pelo menos 1% até 2022.
Guedes rejeitou as críticas ao The Economist nesta semana por apoiar a tentativa do governo de ultrapassar o limite constitucional de gastos, que foi crucial para ajustar as finanças do Brasil.
“O economista tem que olhar para o próprio umbigo. O Brasil é melhor que as grandes economias, principalmente o Reino Unido”, disse, referindo-se ao país onde o jornal tem sede.
Guedes murmurou: “O Reino Unido tem que se dar bem. Tem filas para comprar carro, falta de carne, o PIB caiu 9,7%, nós caímos 4%”, disse.
A pesquisa Focus com economistas do banco central brasileiro é vista como um indicador do sentimento do mercado, reduzindo as expectativas de crescimento para o próximo ano de 1,2% para 1%. Alguns analistas financeiros já previam um crescimento próximo a zero, alertando para o risco de uma inflação prolongada com estagnação ou crescimento lento.
“Eles continuam subestimando o Brasil. Eles subestimaram quando caímos e acho que serão mal interpretados novamente”, disse Guedes à Reuters em entrevista por telefone na sexta-feira.
Ele disse que apesar do choque econômico desencadeado pelo vírus corona, a maior economia da América Latina tem uma base sólida.
“Os fundamentos financeiros são muito fortes e o banco central está perseguindo a inflação”, disse ele. Em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor subiu 1,25%, a maior alta mensal desde 2002, elevando a inflação anual para 10,67%.
Apesar da epidemia, Guedes disse que o país está fazendo investimentos tão grandes quanto as empresas privadas fizeram no leilão de telecomunicações do espectro 5G na semana passada.
Relatório Rodrigo Vica, escrito por Anthony Bodil; Editando Aurora Ellis
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