“A Batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, recebeu o principal prêmio Redentor de filme de ficção do Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro 2023, que encerrou a edição deste ano no último final de semana, consolidando seu status de maior festival da América do Sul e um dos mais importantes do mundo. Uma vitrine de produtos brasileiros.
O festival sediou a estreia mundial de 40 longas-metragens brasileiros e quatro séries de televisão. A sua competição, que reflete a força industrial do país, inclui 54 filmes locais selecionados entre 318 inscrições.
“A Batalha da Rua Maria Antonia”, uma série de 21 longas imagens filmadas em filme preto e branco 16mm, retrata a vida real dos estudantes da Faculdade de Filosofia da Universidade Estadual Paulista em 1968. Oposição à então ditadura militar no Brasil.
“Dole”, de Karolina Markovic, dividiu melhor atriz para Maeve Zingings com Grace Basso por “O tia que de alem” e ator (Cauva Alvarenga). “O dia em que te conheci”, de Andre Novas Oliveira, também ganhou o Prêmio Especial do Júri.
Lilla Halla ganhou o prêmio de Melhor Diretor por “Levente”, enquanto Evgenia Alexandrova ganhou o prêmio de Fotografia por “Sem Coraco” e Kudo Parente ganhou o Roteiro pelo vencedor do filme narrativo internacional de Tribeca 2023, “A Strange Path”.
“Otelo, O Grande”, de Lucas Rossi dos Santos, sobre Grande Otelo, considerado o comediante afro-brasileiro mais importante do país, pega Doc Kudo.
Um dos destaques do festival é um número significativo de reportagens sobre a floresta amazônica e os povos indígenas brasileiros.
O documentário “Somos os Guardiões” codirigido por Etivan Guajajara, do povo indígena Araripoya, e Chelsea Green e Rob Grobman, dos EUA, teve sua estreia brasileira no Rio Fest. O documentário, produzido por Leonardo DiCaprio, teve uma forte carreira em festivais e está programado para estrear no serviço de streaming no início do próximo ano.
“Somos os Guardiões” foca na destruição da floresta amazônica e nos esforços da população local para salvá-la, um grupo conservacionista formado por nativos Araripoya e que impede as atividades dos madeireiros em sua reserva.
A atuação inicial de Edivan Guajajara na produção foi como tradutor e fixador. Greene e Grobman ficaram tão impressionados com seu trabalho que, por epidemia, ele foi promovido a diretor associado.
“Meu trabalho não é fácil. Seguimos a equipe de segurança enquanto eles perseguiam os madeireiros ilegais no meio da floresta”, disse Ediwan Kujajara. Variedade.
O documentário “Raoni – Uma Amizade Improvável”, de Jean-Pierre Dutilleux, conta a história de uma amizade de 50 anos entre o diretor belga e o líder do povo indígena Kaipo. Dutilleux documenta Rowney desde 1970 e viaja pelo mundo com ele. Seu trabalho ajudou Rowney em sua campanha bem-sucedida para expandir a área da reserva na parte sul da floresta amazônica.
O documento “Tchau Tchau Amazônia”, do veterinário Neville de Almeida, também teve estreia mundial no Rio Fest. O documento alerta para a rápida destruição das florestas e apela à acção.
“Nosso filme adota a perspectiva dos povos tribais. É um protesto contra o desmatamento da Amazônia. Como cineasta, é meu dever alertar o mundo sobre o que está acontecendo aqui”, disse De Almeida. Variedade. O diretor de 82 anos dirigiu o filme “A Dama no Ônibus”, de 1978, que tem o maior BO entre os longas brasileiros.
Estevão Ciavatta estreou no festival palestra “Línguas da Nossa Língua” sobre as línguas faladas no Brasil. O documento lança luz sobre a diversidade de línguas dos povos indígenas que sobreviveram ao colonialismo português.
“O Brasil tem uma situação única. Embora cerca de 98% de sua população fale português, o Brasil tem a maior diversidade linguística. Aqui são faladas mais de 170 línguas, a maioria das quais são indígenas”, disse Ciavata. Variedade.
O documentário “Posto Avancato”, de Edoardo Morabito, coprodução Brasil-Itália, retrata a jornada de Christopher Clark, ambientalista escocês que lutou pela criação de uma reserva natural nos estados do Acre e Rondônia, na floresta amazônica.
“Decidi fazer este documentário porque a destruição da floresta amazônica é uma preocupação para todos os cidadãos do mundo”, disse Morabito. Variedade.
A programação do festival também incluiu “Rio da Tuvita”, de Joel Pizzini, sobre a viagem do presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, à Amazônia, e “A Flor da Pureza”, dirigido por João Salavisa e Renee Nader Mesora, sobre o povo indígena Craho, que causou polêmica. Em Cannes.
Flor de pureza
Cortesia do Festival de Cinema de Cannes
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