O governo federal do Brasil anunciou um corte repentino de impostos pela primeira vez em 10 anos para aumentar as vendas até o final do primeiro semestre de 2023.
Carros, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus foram todos incluídos, mas os comerciais pesados obtiveram a maior parte dos benefícios e, apesar de um esforço de última hora para financiar carros e LCVs, os fundos alocados esgotaram-se em 30 dias.
Para veículos leves de passeio e comerciais, o esquema é limitado aos modelos vendidos até US$ 25.000 (R$ 120.000). O corte de preço varia de US$ 420 (R$ 2.000) a US$ 1.700 (R$ 8.000).
Os descontos para veículos pesados incluem renovação de frota, camiões com mais de 20 anos ou despacho de autocarro.
Entre o anúncio dos cortes de impostos e sua disponibilidade, o mercado de veículos leves recuou drasticamente e as fábricas estavam com estoques altos.
Isso forçou a maioria das montadoras a oferecer descontos adicionais oferecidos pelo governo.
O aumento da demanda por carros, picapes e vans só foi visível na última semana de junho, mas foi suficiente para tornar o mês o segundo melhor do ano, com previsão de vendas para julho acima da média.
Cerca de 79.000 unidades vendidas com o bônus de desconto chegaram às concessionárias, com muitas outras contratadas em julho.
A associação de fabricantes Anfavea e a federação de concessionárias Fenabrave mantiveram suas previsões de crescimento modestas no início deste ano, com vendas para o ano de 2023 subindo 3% e 0% em 2022, respectivamente.
Os olhos agora estão voltados para os cortes graduais de juros do banco central, que devem começar em agosto. Mais três revisões estão planejadas antes do final do ano.
O mercado automotivo é altamente sensível aos custos de financiamento de veículos novos e usados, portanto, embora isso seja uma boa notícia para o setor, as taxas de juros serão lentas para manter a inflação sob controle.
A produção no primeiro semestre de 1,132 milhão de veículos de janeiro a junho aumentou 3,7% em relação ao ano anterior, com registros de 8,8%, para 998.600 unidades.
As exportações caíram até agora este ano, após dois anos de recuperação maciça.
No primeiro semestre, foram embarcados 227,2 mil veículos, ante 246,3 mil no primeiro semestre de 2022, uma queda de 7%.
A Argentina, o mercado de exportação mais forte do Brasil, está com problemas econômicos, levando a contrações econômicas inesperadas em dois mercados importantes, Colômbia e Chile.
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