Como a Fitch avaliou o Brasil em seu último relatório? Da última vez deu negativo
A agência observou uma “evolução melhor do que o esperado nas finanças públicas”.
A agência de classificação de risco globalmente conhecida Fitch publicou um novo relatório na quinta-feira em que a perspectiva para a dívida pública do Brasil foi movida de uma classificação negativa em maio de 2020 após o início da pandemia de Covid-19.
O Brasil é classificado como BB-, três pontos abaixo do grau de investimento, uma garantia de que o país não corre risco de inadimplência em sua dívida pública. Após o anúncio de quinta-feira, é improvável que a Fitch altere a classificação do país nos próximos meses ou anos.
A Fitch disse em comunicado: “Refletindo uma evolução melhor do que o esperado nas finanças públicas em meio a choques persistentes nos últimos anos, atribuímos uma perspectiva negativa para maio de 2020. Isso porque, após gastos recordes do governo em 2020, as contas públicas melhoraram em 2021 e 2022.
Em 2021, pelo critério do banco central, o Brasil registrou seu primeiro superávit primário (poupança de recursos para pagar juros da dívida pública) desde 2013, indicou a agência de classificação de risco. No ano passado, o setor público combinado (União, Estados, Municípios e Empresas Estatais) teve superávit primário de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Fitch prevê uma queda da dívida pública em 2022. De acordo com a agência, a relação dívida bruta/PIB do governo geral foi de 80,3% no ano passado e deve permanecer em 78,8% em 2020, após atingir um nível recorde de 88,6% em 2020. Devido ao custo da pandemia de Covid-19.
Apesar dos desenvolvimentos recentes, a Fitch destacou que a melhora nas contas públicas foi de curta duração. Para tornar o processo sustentável, o órgão recomenda a aprovação de reformas estruturais na economia brasileira.
O Ministério da Economia do Brasil disse em comunicado que “reafirma seu compromisso com a consolidação fiscal necessária para a continuação da situação de recuperação econômica”.
A Fitch rebaixou o Brasil pela última vez em fevereiro de 2018, quando o rating do país foi rebaixado para três pontos abaixo do grau de investimento. Esta é a mesma classificação dada pela Standard & Poor’s (S&P).
A Moody’s classifica o país em duas categorias abaixo do grau de investimento. Tanto a S&P quanto a Moody’s têm perspectiva estável para a dívida brasileira. Apenas a Fitch manteve uma perspectiva negativa até agora.
Enquanto isso, o dólar norte-americano subiu para R$ 5,43 nesta quinta-feira e o mercado de ações caiu para seu menor nível desde 2020 como resultado de uma situação global volátil.
(Fonte: Agence Brasil)
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