Abril 19, 2024

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Aumento do desmatamento na Mata Atlântica no Brasil: Relatório

Aumento do desmatamento na Mata Atlântica no Brasil: Relatório

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Rio de Janeiro (AFP) – O desmatamento na Mata Atlântica do Brasil aumentou 66% no ano passado, aumentando os temores de uma maior destruição da floresta amazônica no norte, de acordo com um novo relatório.

A “Mata Atlântica” na costa leste do Brasil perdeu 21.642 hectares (53.479 acres) de floresta entre novembro de 2020 e outubro de 2021, mais de dois terços do ano anterior, de acordo com a vigilância por satélite. Os dados foram divulgados pela Comissão de Meio Ambiente na quarta-feira.

A equipe do SOS Mata Atlântica diz que o desmatamento, que cobre mais de 20 mil campos de futebol, liberou 10,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

“Não esperávamos um aumento tão grande. Achávamos que a Mata Atlântica seria um pouco mais resistente ao desmatamento por ser uma região com mais governança e policiamento (em outras partes do Brasil)”, disse o porta-voz Luis Guedes Pinto. AFP.

“Isso mostra que a Mata Atlântica também está sendo afetada pela retirada de políticas e leis ambientais.”

O desmatamento está aumentando no Brasil sob o presidente Jair Bolsanaro, com críticos acusando-o de minar os programas de proteção ambiental que poderiam beneficiar o poderoso agronegócio brasileiro.

Desde que o presidente de extrema direita assumiu o cargo em 2019, o desmatamento médio anual na Amazônia brasileira aumentou 75% em relação à década anterior, segundo dados oficiais.

Como a Amazônia, as florestas atlânticas pouco conhecidas são um importante amortecedor contra as mudanças climáticas, e especialistas dizem que os alimentos, a água e a energia hidrelétrica do Brasil estariam ameaçados sem um ecossistema vital.

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Sua devastação foi “um desastre não só para o Brasil, mas para o mundo”, disse Pinto.

“Pesquisas mostram que a Mata Atlântica é uma das espécies mais urgentemente necessárias para atingir a meta de manter o aquecimento global em 1,5 graus Celsius, de acordo com o Acordo Climático de Paris”.